Chrome agora permite silenciar vídeos que tocam automaticamente

O Google vem lançando algumas atualizações para o Chrome com o objetivo de tornar a navegação na web menos irritante. Na semana passada, os desenvolvedores do browser anunciaram que agora é possível silenciar aqueles vídeos que tocam automaticamente. Esta atualização, o Chrome 64 beta, também previne redirecionamentos maliciosos, entre outras coisas. Falamos sobre essas funcionalidades […]

O Google vem lançando algumas atualizações para o Chrome com o objetivo de tornar a navegação na web menos irritante. Na semana passada, os desenvolvedores do browser anunciaram que agora é possível silenciar aqueles vídeos que tocam automaticamente. Esta atualização, o Chrome 64 beta, também previne redirecionamentos maliciosos, entre outras coisas.

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Falamos sobre essas funcionalidades do Chrome em setembro e alertamos que algumas mudanças poderiam ter um lado negativo no longo prazo. Mas parece que algumas das mudanças discutidas na época ainda não foram incluídas neste lançamento.

A maior novidade do Chrome 64 beta é são os diversos métodos avançados para driblar anúncios que prejudicam a experiência de navegação. A funcionalidade que todo mundo vai amar é a facilidade para silenciar aqueles vídeos de reprodução automática. Bastam dois cliques: depois de baixar a versão beta, vá até uma página que reproduz vídeo automaticamente com som – este link pode te ajudar. Logo ao lado da barra de endereços no topo da interface você deve ver ou um “i”minúsculo ou um ícone de cadeado verde. Clique ali e um menu como este deve aparecer:

Próximo a opção de som existe outro menu, clique e escolha “sempre bloquear neste site”. E é isso. Você nunca mais terá aquela experiência terrível de ouvir o som tocando do nada. Você precisa fazer isso em todos os sites que entrar e reproduzir vídeos com som automaticamente.

Além da funcionalidade de silenciar os vídeos, a versão beta do Chrome vem com um bloqueador de pop-ups melhorado que ajuda a desmascarar aqueles botões de play disfarçados, links e outros controles. Janelas que se abrem quando você clica para fechar uma aba serão bloqueadas, por exemplo.

Vai ficar mais difícil cair em redirecionamentos maliciosos, aquela situação quando um site te manda para outra URL, sem você nunca ter pedido para fazer isso. O usuário verá uma pequena barra de informação que diz quando um redirecionamento está sendo bloqueado. O Google também criou um portal de ajuda para que donos dos sites saibam se estão comprometidos com quaisquer práticas proibidas.

Outras novidades incluem a reprodução de vídeos em HDR no Windows 10, funcionalidade de “visualização dividida” no Chrome OS, ajuste de redimensionamento de página para desenvolvedores e melhoria no gerenciamento de recursos para mídias. Se você quiser ver a lista completa de mudanças, clique aqui.

Sobre as nossas preocupações expressadas em setembro: elas ainda estão de pé, mas o Google parece ter tirado o pé e diminuído a velocidade das mudanças que comentamos. Especificamente, o Google tinha introduzido novas políticas para autoreprodução de conteúdo, proibindo um vídeo de tocar, a menos que o som estivesse no mudo ou não existisse som nenhum no clipe. O usuário ainda poderia escolher reproduzir o conteúdo. Essa mudança não está nessa atualização. E, veja bem, não é uma política terrível, mas quando ela é vista em conjunto com a reportagem publicada pelo Wall Street Journal, em abril, que dizia que a companhia estava em processo de implementação de novas funcionalidades para o bloqueio de publicidades, parecia o início de um caminho perigoso.

O Google faz parte da Coalition for Better Ads (Aliança por melhores anúncios, em tradução livre), que possui uma lista transparente de tipos de anúncios que não deveriam ser utilizados. A ideia do Google gentilmente insistir que sites evitem esse tipo de anúncios é muito boa, na maioria das vezes. Mas é importante lembrar que o Google controla 42% do mercado de publicidade digital dos Estados Unidos e 75,8% do mercado de publicidade de buscas, de acordo com uma pesquisa da eMarketer. A empresa também controla 55% do mercado de navegadores, de acordo com o StatCounter. Poucos consumidores reclamarão sobre a “censura” que o Google poderia impor ao decidir quais publicidades eles poderão ver, porém dar mais poder para uma companhia deste tamanho não é uma boa ideia, ainda mais quando esse poder é decidir quais publicidades sites menores podem ou não mostrar. Não existe nenhum motivo para acreditar que o Chrome deixará e liderar esse mercado, e se determinadas opções vêm ativas por padrão, elas continuarão por padrão.

Além disso, o Google reconhece que bloqueadores de anúncios são uma ameaça ao seu negócio e para a maioria das empresas que dependem de publicidade na internet. Relatos indicam que serviços como o AdBlock Plus recebem grana para manterem certos anunciantes em uma lista de permissão. Colocar esse poder nas mãos do Google é uma ideia terrível. Ninguém gosta de anúncios publicitários, mas gostam de visitar sites sem pagar por uma taxa de assinatura. A menos que queiramos que o Google e o Facebook mandem em toda a internet, é necessário uma certa quantidade de separação de poderes.

Entramos em contato com o Google para esclarecer se eles ainda pretendem implementar essas políticas na versão final do Chrome 64 ou em versões futuras mas ainda não obtivemos respostas.

[Chromium blog via 9to5 Google]

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