O que há dentro do Chromecast: configuração simples, referência a Douglas Adams e Android

“Como é o Chromecast por dentro?”, você deve estar se perguntando. Simples, bem simples. Mas mesmo em tão pouco espaço e num projeto sem grandes invencionices, o Google conseguiu colocar uma surpresa ali dentro — além de um easter egg. O iFixit já fez o tradicional desmonte do Chromecast e não encontrou muita coisa ali […]
H2G2-42: Chromecast faz referência a Douglas Adams.

“Como é o Chromecast por dentro?”, você deve estar se perguntando. Simples, bem simples. Mas mesmo em tão pouco espaço e num projeto sem grandes invencionices, o Google conseguiu colocar uma surpresa ali dentro — além de um easter egg.

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O iFixit já fez o tradicional desmonte do Chromecast e não encontrou muita coisa ali dentro. O projeto simples explica o preço baixo do produto, mas significa também que se ele quebrar, nem adianta levá-lo a outro lugar que não o lixo. Adeus, compre outro, custa só US$ 35 mesmo.

A configuração consiste em 2 GB de memória interna, um SoC da Marvell (modelo de referência DE3005-A1), 512 MB de DDR3L e módulos Wi-Fi, Bluetooth e FM. Ah sim: uma senhora placa para dissipar calor e muita pasta térmica. No manual do Chromecast, aliás, o Google avisa que ele pode esquentar e que isso é normal.

Chromecast aberto.

Por fim, o iFixit também encontrou uma referência bacana. O número do modelo do Chromecast é H2G2-42, duas referências em uma só ao Guia do Mochileiro das Galáxias, de Doulgas Adams. H2G2 é uma abreviação recorrente do título original da obra, e 42 é, dentro da história, a resposta para a vida, o universo e tudo mais. Será que o Google acha que o Chromecast é a solução de todos os problemas?

Paralelamente ao trabalho desempenhado pelo iFixit, a equipe do GTV Hacker descobriu que, ao contrário do que se imaginava (e do que o Google declarou), o Chromecast está mais próximo de ser um Android do que um Chrome OS:

“Tivemos muitas discussões internas sobre isso, e concluímos que ele é mais Android do que Chrome OS. Para ser mais específico, é na verdade uma versão modificada do Google TV, mas com toda a parte do Bionic / Dalvik removida e substituída por um único binário para o Chromecast.”

Na prática isso quer dizer que, embora rode uma versão modificada do Android, parecida com a que está nos aparelhos com Google TV, o Chromecast não é capaz de carregar apps feitos para a plataforma. Mas essa descoberta abre brechas para que, futuramente, alguns recursos do set-top box do Google apareçam no dongle. Sem falar, claro, no que a comunidade de entusiastas pode fazer a partir disso.

A GTV Hacker também conseguiu explorar uma falha que dá acesso root a partir da porta 23. Nada muito prático, mas uma carta branca para que pesquisadores consigam investiguem o ambiente de funcionamento do Chromecast. [iFixit, GTV Hacker via The Verge]

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