A cidade de Igbo-Ora, na Nigéria, é a capital mundial dos gêmeos. Estima-se que ela tenha cerca de 158 pares de gêmeos para cada mil nascidos vivos. A título de comparação, o continente europeu tem cerca de 16 gêmeos para cada mil nascimentos. Já os Estados Unidos, cerca de 33 para cada mil nascimentos. A efeito de comparação, o Brasil registrou mais de 60 mil nascimentos de gêmeos entre 2018 e 2019, Sinasc (Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos).
Especula-se que os nascimentos de gêmeos possam ter relação com a genética. Mas, de acordo com pesquisas, eles podem estar relacionados a hábitos alimentares regionais.
A mandioca é bastante popular na dieta ioruba, podendo ser consumida de diversas formas, como em ensopados, por exemplo. Uma pesquisa realizada no Hospital Universitário da Universidade de Lagos, que investiga os múltiplos nascimentos de gêmeos, apontou para um alto nível de uma substância química encontrada nas cascas de uma determinada mandioca e tubérculos de inhame. O mesmo foi está presente nas mulheres.
De acordo com a BBC, um ginecologista do hospital afirmou que “essas substâncias geralmente estão ligadas à liberação de mais de um óvulo, o que geralmente leva a gravidez de gêmeos. Ou seja, possivelmente existe um fator ambiental que favorece o alto teor dessa substância química”.
Há 12 anos, a comunidade tem um festival anual para celebrar os gêmeos. A comemoração deste ano, em outubro, reuniu mais de 1.000 pares de irmãos gêmeos e contou com participantes de outros países, como a França, segundo os organizadores.
No Brasil, a cidade de Cândido Godói, no Rio Grande do Sul, é conhecida mundialmente pelo alto índice de gêmeos. A taxa é dez vezes maior que a média nacional.
