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Cientistas brasileiros descobrem a mais distante estrela gêmea do Sol

Uma equipe de cinco astrônomos brasileiros e um cientista japonês descobriu uma estrela muito parecida com o Sol, mas que está a 2.000 anos-luz da Terra. Ela foi batizada de CoRoT Sol 1, e pode indicar como será o futuro da nossa estrela. Gêmeas solares são um pouco mais comuns do que você imagina: já […]

Uma equipe de cinco astrônomos brasileiros e um cientista japonês descobriu uma estrela muito parecida com o Sol, mas que está a 2.000 anos-luz da Terra. Ela foi batizada de CoRoT Sol 1, e pode indicar como será o futuro da nossa estrela.

Gêmeas solares são um pouco mais comuns do que você imagina: já foram descobertas cerca de 25 estrelas com massa e composição química semelhantes às do Sol.

O que esta aqui tem de diferente? Localizada na constelação do Unicórnio, esta é a gêmea solar mais distante já descoberta – as outras estão, em sua maioria, próximas ao sistema solar.

E, por ser 2 bilhões de anos mais velha, ela pode servir de base para estudar o futuro do Sol. Existem teorias para explicar a evolução das estrelas, é claro, mas agora será possível testá-las na CoRoT Sol 1 – uma gêmea solar em estágio ligeiramente mais avançado.

Por exemplo, apesar de ser gêmea, a estrela apresenta algumas diferenças: sua concentração de lítio, um elemento que diminui com a idade, é mais baixa que no Sol.

As observações da nova estrela foram feitas no telescópio Subaru, no Havaí (EUA). Seu espectrógrafo de alta dispersão (HDS) permite detectar até mesmo o brilho de estrelas mais fracas – caso de muitas gêmeas solares – com grande precisão. A CoRoT Sol 1 tem brilho 200 vezes mais fraco do que a gêmea solar mais brilhante já descoberta, a 18 Sco.

(Vale notar que o telescópio não está associado à fabricante Subaru – este é apenas o nome em japonês do grupo de estrelas Plêiades. Ele pertence ao Observatório Astronômico Nacional do Japão.)

Para escolher as estrelas com períodos de rotação semelhantes ao do Sol, os pesquisadores também usaram o satélite CoRoT, financiado pelo Brasil e países europeus.

A pesquisa – disponível neste link – foi liderada pelo professor José Dias do Nascimento Júnior, do Departamento de Física Teórica e Experimental da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte). Ela também contou com Jorge Meléndez, astrônomo da USP (Universidade de São Paulo) que descobriu em junho a HIP 56948, uma gêmea solar que pode abrigar exoplanetas.

[Agência Brasil; Agência USP; Subaru Telescope]

Imagem por do Nascimento et al.

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