Cientistas da Universidade Northwestern, nos EUA, desenvolveram um sensor inovador que notifica os usuários via celular quando é hora de ir fazer xixi. Este dispositivo promete revolucionar o cuidado com a saúde, especialmente naqueles que sofrem de condições que afetam o controle da bexiga.
Funciona da seguinte forma: o sensor é implantado próximo à bexiga, onde monitora continuamente o nível de enchimento. Quando atinge um ponto predeterminado, um sinal é enviado ao smartphone do usuário, alertando-o de que é hora de esvaziar a bexiga.
De acordo com os pesquisadores, o estudo utilizou materiais biocompatíveis para garantir que o sensor não cause irritação ou rejeição pelo corpo.
Sensor transmite dados continuamente e sem fio para um aplicativo de smartphone, para que os usuários (e seus médicos) possam monitorar o enchimento e o funcionamento da bexiga em tempo real. Imagem: Universidade Northwestern/Reprodução
A Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) publicou o estudo nesta semana. Ele marca o primeiro exemplo de sensor bioeletrônico que permite o monitoramento contínuo da função da bexiga por um período prolongado.
Vantagens do dispositivo que detecta xixi
Para carregar o sensor, um sistema de captação de energia sem fio energiza o dispositivo. Assim, elimina a necessidade de baterias ou carregamentos frequentes. De acordo com os pesquisadores, isso representa um grande passo em direção à praticidade e ao conforto do usuário.
Os desenvolvedores do sensor destacam que a capacidade de monitorar a função da bexiga em tempo real pode também fornecer dados valiosos para profissionais de saúde. Dessa forma, pode levar a diagnósticos mais precisos e tratamentos personalizados, melhorando significativamente a qualidade de vida dos pacientes.
“O sistema de sensores também pode permitir que os médicos monitorem seus pacientes remotamente e continuamente para tomar decisões de tratamento mais informadas e mais rápidas”, afirmam os pesquisadores em um comunicado.
Além de seu uso médico, o sensor tem potencial para aplicações em outros campos. Por exemplo, a tecnologia pode monitorar outras funções corporais ou, até mesmo, ajudar a otimizar a hidratação e desempenho de atletas.
