Cientistas criaram o menor microfone do mundo com apenas uma molécula
Com um nome como “microfone”, você espera algo pequeno – mas talvez não tão pequeno como isso. Cientistas descobriram como usar uma única molécula para detectar as vibrações do som.
Apesar de falarmos normalmente em “ouvir” em vez de “sentir” som, o som é feito de vibrações físicas através de algum meio, normalmente ar, mas qualquer outro líquido ou gás também podem funcionar. Quando essas vibrações atingem nossos tímpanos, nós as percebemos como som. E, quando elas atingem uma única molécula de dibenzoterrilene (DBT), de acordo com um novo estudo publicado na Physical Review Letters, ela fluoresce de acordo com o tom do som.
Para fazer essa molécula funcionar como um tipo de microfone, cientistas precisaram prender diversas moléculas em um cristal de antraceno. Quando uma onda de som atinge o cristal, as moléculas de DBT são batidas lá dentro. Esse movimento muda a interação entre as nuvens de elétrons do DBT e do antraceno, resultando em uma pequena mudança na fluorescência do DBT. Ao monitorar a fluorescência de uma única molécula, cientistas conseguem rastrear a frequência do som.
Então qual é a utilidade de um sensor acústico tão pequeno e delicado? Talvez não muita na nossa vida cotidiana, já que é necessário que isso seja feito em um lugar muito frio para funcionar direito. Mas isso pode ser usado em laboratórios de física, onde pesquisadores buscam efeitos quânticos e sistemas vibrantes muito pequenos – um pequeno sensor para coisas pequenas. [New Scientist, American Physics Society]
Imagem de topo: Eliks/shutterstock