Cientistas deixam ratos mais jovens e testam processo em humanos
Um estudo feito em Boston, nos Estados Unidos, e publicado na revista Cell provou que é possível retardar o envelhecimento. As informações são da CNN.
Com a ajuda da ciência, ratos velhos e cegos voltaram a enxergar e desenvolveram cérebros mais jovens e músculos e tecidos renais mais saudáveis em Boston, nos EUA. No mesmo experimento, camundongos jovens envelheceram de forma prematura, prejudicando seus tecidos.
Segundo David Sinclair, especialista em antienvelhecimento e professor de genética de Harvard, o envelhecimento é um processo reversível. Ele é capaz de ir “para frente e para trás à vontade”, até mesmo em pessoas doentes.
“Nossos corpos possuem uma cópia de ‘backup’ de nossa juventude que pode ser acionada para se regenerar”, explicou. Entretanto, ainda não se sabe exatamente como a descoberta funciona. “Neste ponto, sabemos apenas que podemos virar o interruptor.”
Os resultados contradizem a ideia da ciência de que o envelhecimento vem de mutações genéticas que prejudicam o DNA, levando a doenças e à morte.
Como acontece o envelhecimento?
No evento de saúde Life Itself, em 2022, Sinclair afirmou que acredita que o motivo por trás do envelhecimento “seja uma perda de informação. Uma perda na capacidade da célula de ler seu DNA original, de modo que ela se esqueça de como funcionar”. A essa crença ele dá o nome de “teoria da informação do envelhecimento”.
Para ficar mais claro, se o corpo humano fosse um computador, o DNA seria seu hardware, enquanto o epigenoma o software. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisa do Genoma Humano, os epigenes são proteínas e substâncias químicas que ficam como sardas nos genes. Elas aguardam para lhe dizer “o que fazer, onde e quando”.
“Estamos mostrando por que esse software foi corrompido e como podemos reiniciar o sistema tocando em um botão de reinicialização que restaura a capacidade da célula de ler o genoma corretamente, como se fosse jovem”, disse Sinclair.