Superbactérias tem se tornado umas das maiores ameaças da saúde humana nos últimos tempos. Atualmente, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA estima que aproximadamente 23 mil pessoas morrem todos os anos devido a infecções resistentes a medicações nos EUA. A ameaça de bactérias resistentes a antibióticos à saúde global é tão grande que este ano a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou pela primeira vez uma lista com as doze superbactérias mais ameaçadoras para humanos.
A nova pesquisa sueca explica como a bactéria desenvolve resistência a antibióticos: por genética.
Pesquisadores da Universidade Técnica Chalmers e da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, avaliaram muitos volumes de DNA de bactéria e descobriram 76 genes desconhecidos que as tornam resistentes aos mais poderosos antibióticos. O resultado deste trabalho foi publicado este mês na Microbiome.
Muitos dos genes descobertos no novo trabalho permitem as bactérias lutar contra carbapenemas, a mais poderosa classe de antibióticos, usados para tratar bactérias que já são resistentes a múltiplos medicamentos.
Com a informação sobre como a bactéria desenvolve essa resistência, cientistas esperam que novos medicamentos mais efetivos sejam desenvolvidos. Talvez, por exemplo, um remédio posso ser criado para desligar o gene que permite as bactérias resistirem aos antibióticos.
Os genes descobertos são apenas o começo, escrevem os pesquisadores. Agora, eles pesquisarão por genomas que permitem as bactérias resistirem a outros antibióticos.
E essa pesquisa não poderia chegar em melhor hora. Já são três famílias de bactérias – Acinetobacter, Pseudomonas e várias Enterobacteriaceae – que geralmente aparecem em hospitais e casas de repouso que evoluíram para desenvolver a resistência aos carbapenemas. Quando este poderoso antibiótico não consegue controlar a infecção, há pouco o que os médicos podem fazer.