Cientistas dos EUA criam sutiã com ultrassom para detectar câncer de mama

Dispositivo consiste em um adesivo flexível que pode ser preso ao sutiã, permitindo a visualização do tecido mamário
Cientistas dos EUA criam sutiã com ultrassom para detectar câncer de mama
Imagem: MIT/Divulgação

Depois do sutiã que mede o busto, outro tipo de wearable promete revolucionar a vida das mulheres. Pesquisadores do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), nos Estados Unidos, desenvolveram um dispositivo de ultrassom vestível para detectar câncer de mama em estágios iniciais. As informações são do jornal O Globo.

Na prática, a usuária pode prender um adesivo flexível ao sutiã para visualizar o tecido mamário de diferentes ângulos. “É portátil, fornece monitoramento em tempo real e fácil de usar”, contou Canan Dagdeviren, a professora associada do MIT e autora do estudo.

A inspiração do projeto foi sua tia, Fatma Caliskanoglu, que morreu seis meses depois de um diagnóstico de câncer de mama avançado, aos 49 anos.

Segundo os pesquisadores, as imagens têm uma resolução comparável à das sondas de ultrassom de centros de imagens médicas. O tecido pode ser visualizado a uma profundidade de até 8 centímetros.

Objetivos e expectativas para o sutiã do câncer de mama

O objetivo principal do sutiã inteligente é ajudar pessoas com alto risco de “câncer de intervalo”. A ideia é aumentar a sobrevivência para até 98% dos casos, bem como facilitar o acesso daquelas mulheres que não têm acesso regular à triagem. Isso porque, quando o diagnóstico acontece nos estágios iniciais, a taxa de sobrevivência é de quase 100%. Contudo, em estágios mais tardios, ela cai para cerca de 25%.

Mesmo com exames frequentes, o câncer de intervalo pode se desenvolver entre as mamografias. Esse tipo de tumor representa de 20% a 30% dos casos da doença e tende a ser mais agressivo do que os encontrados em exames de rotina.

A equipe do MIT testou o dispositivo em uma paciente de 71 anos com histórico de cistos mamários. A vestimenta detectou cistos os cistos, do tamanho de tumores em estágio inicial, com 0,3 centímetros de diâmetro.

Além disso, os cientistas também planejam explorar a adaptação da tecnologia de ultrassom para escanear outras partes do corpo.

Isabela Oliveira

Isabela Oliveira

Jornalista formada pela Unesp. Com passagem pelo site de turismo Mundo Viajar, já escreveu sobre cultura, celebridades, meio ambiente e de tudo um pouco. É entusiasta de moda, música e temas relacionados à mulher.

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