_Ciência

Cientistas encontram fóssil de macaco extinto há 10 mil anos

Pelos fósseis, os cientistas afirmam que a dieta do macaco extinto há 10 mil anos consistia principalmente em frutas.

Cientistas encontram fósseis de macaco extinto há 10 mil anos em caverna no Caribe

Durante uma análise de fósseis raros, cientistas descobriram evidências de uma espécie de macaco extinto há 10 mil anos, que habitava a ilha Hispaniola, que corresponde à região entre a República Dominica e o Haiti.

Os cientistas encontraram os fósseis em cavernas aquáticas na República Dominicana, incluindo sete crânios, cinco mandíbulas e dezenas de outras partes de esqueleto.

No estudo sobre os fósseis, publicado no último dia 30, os cientistas consideram a caverna Cueva Macho como o local mais rico para fósseis de primatas no Caribe.

Segundo o estudo, as análises indicam que a espécie Antillothrix bernensis entrou em extinção há 10 mil anos.

Siobhán Cooke, autora do estudo, afirma que os fósseis do macaco são úteis para entender melhor a anatomia da espécie. Assim, os cientistas vão conseguir identificar os fatores ecológicos que contribuíram para o macaco ser extinto há 10 mil anos.

Descoberta da espécie

Aliás, Cooke participou da equipe de cientistas que descobriu o primeiro crânio de um Antillothrix bernensis, nomeado macaco da Hispaniola, em 2009, também em uma caverna subaquática na República Dominicana.

Mergulhadores observam os fósseis na caverna subquática na República Dominicana. Imagem: Zachary Klukkert/Divulgação

Desde então, mergulhadores de instituições do país, em parceria com o Museu de História Nacional, realizaram mais buscas por fósseis raros. Em 2018, eles descobriram o conjunto mais recente: sete fosseis do macaco extinto há 10 mil anos.

Muitos fósseis do macaco extinto há 10 mil anos 

Segundo Cooke, só existe outra espécie de macaco extinto com a mesma quantidade de fósseis, o Homunculus patagonicus.

“A quantidade e qualidade dos crânios fossilizados do Antillothrix bernensis, que destacamos neste estudo, nos permitiu descrever completamente o crânio e entender variações entre indivíduos. Desse modo, conseguimos obter informações sobre a dieta e o sistema social desses animais”, afirma Cooke.

Pelos fósseis, os cientistas afirmam que a dieta do macaco extinto consistia principalmente em frutas. Além disso, o estudo descobriu que o macaco pode ter um parente moderno.

Os macacos titis, que habitam a América do Sul, incluindo o Brasil, são os que mais se aproximam do macaco.

Sair da versão mobile