A presença de microplásticos no leite materno tem preocupado a comunidade científica. De acordo com um estudo publicado em junho deste ano no periódico científico Polymers, das 34 amostras de leite analisadas, 26 apresentavam o polímero.
Não é a primeira vez que microplásticos são encontrados em algum tipo de estrutura humana relacionada à gestação e amamentação. Em 2020, a mesma equipe que trouxe esse novo dado detectou amostras desta estrutura em placentas.
Esses achados trazem preocupação para os cientistas por oferecer riscos aos bebês (extremamente vulneráveis a essa contaminação) pela facilidade de microplásticos percorrerem o organismo, atingindo a corrente sanguínea, sistema pulmonar e gastrointestinal.
A hipótese levantada pelo estudo é que a presença dos produtos químicos em alimentos, bebidas e itens de higiene pessoal consumidos pelas mães que amamentam podem ser transferidos por fluidos como o leite materno.
Embora a presença de microplásticos levante um sinal de alerta, os cientistas também reforçam que o leite materno ainda é a melhor forma de alimentação e nutrição de bebês. Por isso, os pesquisadores salientam a urgência de novos estudos com o mesmo foco sejam feitos para compreender melhor esse cenário.