Pesquisadores da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, estão estudando a relação entre um medicamento usado no combate ao câncer e a menopausa.
Trata-se do medicamento oral ripamicina, que suprime o sistema imunológico. Médicos o indicam atualmente para tratar o câncer e prevenir a rejeição de órgãos após transplantes ou cirurgia de stent cardíaco (pequeno tubo de malha metálica que se expande dentro de uma artéria coronária).
Testes em animais sugerem que a droga é capaz de reverter a idade dos ovários, aumentando a longevidade reprodutiva. Para entender a relação, a equipe está conduzindo um estudo com mulheres que tentaram e não conseguiram engravidar naturalmente ou por meio de procedimentos.
Os ovários controlam a liberação de óvulos por uma enzima chamada mTOR. A ripamicina parece ser capaz de inibir essa enzima em mamíferos, desacelerando o envelhecimento reprodutivo.
Caso os cientistas confirmem a relação, o medicamento usado hoje contra o câncer poderá ser recomendado também para pessoas com dificuldades para engravidar ou que sofrem com a menopausa precoce.
A menopausa costuma ocorrer por volta dos 50 anos de idade. No entanto, pessoas que enfrentam isso mais cedo são também apresentadas precocemente a sintomas como calor excessivo, suores noturnos e perda de desejo sexual. Além disso, o problema representa maiores riscos de doenças cardíacas, osteoporose e até demência.