Mais de 50 cientistas climáticos publicaram um estudo cravando a data para o derretimento de todo o gelo da Antártida. Em um estudo publicado no último dia 4, cientistas lançam a primeira grande projeção de como as emissões de carbono podem causar o deterretimento total do gelo da Antártida nos próximos 300 anos.
Segundo o estudo, que observou modelos climáticos individuais sobre o gelo existente, o futuro das geleiras da Antártida será incerto após 2100.
Os cientistas combinaram dados de 16 modelos individuais e descobriram que o derretimento de todo o gelo da Antártida vai aumentar, embora gradualmente, nos próximos anos.
No entanto, essa consistência vai acabar após 2100, segundo os modelos dos cientistas, que observam o derretimento do gelo da Antártida sobre o nível atual das emissões.
Os cientistas, portanto, criaram um modelo que mostra como seria o derretimento da camada de gelo da Antártida em cenários de alta e baixa emissão de carbono até 2300.
Desse modo, os cientistas revelaram, através de experimentos numéricos, a projeção para o derretimento de todo o gelo da Antártida. Segundo o estudo, o evento ocorrerá a partir de 2300 devido a um aumento no nível do mar que ocorrerá um século antes.
Cientistas alertam sobre o papel das emissões
“Quando conversamos com autoridades sobre o aumento do nível do mar, eles focam, na maioria das vezes, no que vai acontecer até 2100. Há pouquíssimos estudos abordando o que acontecerá após essa data”, afirma Hélène Seroussi, autora do estudo.
Segundo Seroussi, o estudo fornece as projeções de longo prazo que não existiam antes. No entanto, os cientistas revelaram que os modelos mostram uma variação na data exata do derretimento de todo o gelo.
Por outro lado, a velocidade do derretimento se manteve consistente em ambos os modelos, de acordo com o estudo.
“Apesar das emissões atuais de carbono terem apenas um impacto modesto nos modelos com projeções para este século, a diferença entre como os cenários de baixa e alta emissão contribuem para o aumento do nível do mar cresce exponencialmente após 2100. Esses resultados confirmam o óbvio: é crucial reduzir as emissões para proteger as próximas gerações”, afirma o estudo.