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“CNJ123”: hacker revela senhas frágeis em depoimento à CPI do 8 de Janeiro

Hacker presta depoimento após admitir ter recebido R$ 40 mil da deputada Carla Zambelli para invadir sistemas do Judiciário; confira o trecho em que ele expõe as senhas

"CNJ123": hacker revela senhas frágeis em depoimento na CPI do 8 de Janeiro

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Em depoimento à CPI do 8 de Janeiro, o hacker Walter Delgatti Netto chamou atenção ao denunciar as senhas frágeis usadas no acesso ao sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Netto falou aos deputados nesta quinta-feira (17).

O hacker informou que, após três meses analisando “linha por linha de cada código”, se deparou com um usuário e senha que davam acesso à Intranet do CNJ.

“As senhas do sistema do CNJ eram muito frágeis, a exemplo de ‘123mudar’, ‘cnj123’ e ‘p123456’, ou seja, de fácil dedução”, disse Delgatti Netto.

O hacker presta depoimento após admitir ter recebido R$ 40 mil da deputada Carla Zambelli (PL – SP) para invadir sistemas do Judiciário. Além disso, o hacker afirma ter se encontrado com o ex-presidente Jair Bolsonaro para discutir supostas fragilidades na urna eletrônica.

O “hacker de Araraquara” ficou conhecido por ter vazado, em 2019, mensagens do então ministro da Justiça e ex-juiz Sergio Moro, a integrantes da força-tarefa da Lava Jato e outras autoridades. Delgatti está preso desde o início de agosto deste ano.

Veja no vídeo abaixo do UOL Notícias:

Como se proteger de ataque hacker?

Não é só no CNJ que esse tipo de senha é usada. Segundo a plataforma NordPass, senhas como “123456”, “Brasil” e “123nomedapessoa” ainda estão entre as mais usadas entre os brasileiros.

A vantagem principal de criar senhas complexas é que, como as máquinas demoram mais tempo para descobrir, isso dificulta o acesso e possíveis ataques hacker. Veja dicas de como reforçar a segurança das senhas:

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