Cochilo comercializa sonecas para quem quiser dormir no centro de São Paulo
“Eu estava muito cansado dentro de um shopping e comecei a procurar lugares para deitar. Mas não podia dormir nos bancos e muito menos no estacionamento. Foi aí que vi uma necessidade.” E assim surgiu a ideia do Cochilo, novo espaço na Rua Augusta inaugurado nessa semana. O que ele serve? Preciosos minutos de sono.
É meio surreal pensar num lugar que aluga salas para você cochilar, mas dadas as dimensões enormes e o ritmo frenético de uma capital como São Paulo, a coisa toda começa a fazer sentido. Marcelo Von Ancken, cofundador do empreendimento e autor da frase acima, diz que o Cochilo é uma ideia de dois anos, enfim colocada em prática com a ajuda de sua filha, Camila.
A localização da primeira unidade do Cochilo, na Rua Augusta, é estratégica — por ali passam executivos, gerentes e funcionários de bancos, além do pessoal que volta da balada cansado e resolve emendar a noite com o dia e ir direto ao trabalho. Esse pessoal forma o público-alvo do Cochilo e, com convênios, a dupla de pai e filha espera fazer o negócio prosperar.
São quatro cabines individuais que lembram um avião. O usuário escolhe quanto tempo quer ficar, de 15min a 1h, com preços que variam de R$ 15 a R$ 30. No compartimento, há uma cama confortável em “S”, luz negra ajustável e áudio à escolha do freguês: música clássica ou sons da natureza (um tipo de ruído branco).
O Cochilo é uma solução paliativa para um problema maior, o do caos das grandes cidades. Enquanto a sesta não vira direito estabelecido por lei, resolve. [Veja SP]