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Colesterol HDL alto ou baixo pode estar associado ao aumento do risco de demência

Estudo não indica causa e consequência, mas aponta alteração no colesterol HDL como fator de risco para a demência. Entenda a relação

Colesterol HDL alto ou baixo pode estar associado ao aumento do risco de demência

Imagem: Hush Naidoo Jade Photography/ Unsplash/ Reprodução

Uma nova pesquisa associou níveis altos de colesterol HDL, que é considerado bom, ao desenvolvimento de demência em idosos. O estudo foi publicadona revista Neurology.

Em geral, tanto participantes que apresentaram níveis muito elevados quanto os que tinham níveis baixos de colesterol de lipoproteína de alta densidade (HDL) apresentaram risco aumentado da doença.

Estudos anteriores sobre esse tema não foram conclusivos. Por isso e pela grande amostra que analisou, a nova pesquisa é bastante relevante.

Entenda a pesquisa

A nova pesquisa buscou um grande número de participantes, que tiveram acompanhamento durante um longo período.

O estudo envolveu mais de 184 mil pessoas com uma média de idade de 70 anos e que não tinham demência no início do estudo. Eles tiveram seus níveis de colesterol medidos durante consultas de saúde de rotina, cerca de duas vezes por ano, durante o período de dois anos. 

Além disso, os participantes também receberam acompanhamento de um sistema de saúde durante nove anos. Ao final da pesquisa, aproximadamente 25 mil pessoas haviam desenvolvido demência.

A média do nível de colesterol HDL foi de 53,7 miligramas por decilitro (mg/dL). Níveis saudáveis são considerados acima de 40 mg/dL para homens e acima de 50 mg/dL para mulheres. 

Assim, pesquisadores concluíram que os participantes com os níveis mais altos de HDL tiveram uma taxa de demência 15% maior em comparação com pessoas que mantiveram o nível dentro do padrão. Aqueles com as taxas mais baixas, tiveram uma taxa de demência 7% maior.

“A elevação no risco de demência com níveis altos e baixos de colesterol HDL foi inesperada, mas esses aumentos são pequenos, e sua importância clínica é incerta”, disse Maria Glymour, autora do estudo, em comunicado.

A especialista reforma que mais estudos precisam ser feitos antes de associar entre o colesterol LDL e o risco de demência.

Vale lembrar que outros fatores também podem aumentar o risco de demência, como o uso de álcool, pressão alta, doenças cardiovasculares e diabetes.

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