Pesquisadores de uma startup israelense, a Beewise Technologies, desenvolveram uma colmeia robótica que mantém a saúde das abelhas sem precisar da ajuda direta de um apicultor. O maquinário é equipado com um sistema de inteligência artificial, que prevê as necessidades das polinizadoras.
As estruturas receberam o nome de Beehomes. Elas têm 12 metros quadrados e funcionam a partir de energia solar. Cabem no espaço 24 colmeias, podendo abrigar até 2 milhões de abelhas.
As colmeias contam com uma espécie de apicultor robô. A engenhoca monitora o habitat das abelhas, regula a temperatura e também dispensa automaticamente açúcar, água e medicamentos, caso necessário.
Um apicultor humano pode ser alertado caso as coisas saiam do controle. Ele então pode interferir à distância através do computador ou presencialmente. Tudo depende da necessidade.
Os humanos podem levar meses para diagnosticar problemas na colmeia, enquanto a inteligência artificial faz isso em tempo real. Essa agilidade pode levar a uma diminuição da mortalidade das abelhas, inseto que vem enfrentando um declínio acentuado devido a ameaças ambientais.
Uma em cada seis espécies de abelha foi extinta regionalmente em algum lugar do mundo. O uso de pesticidas e a perda de habitat são os principais culpados para explicar esse cenário. Ao mesmo tempo, os humanos dependem dos animais, já que eles são responsáveis por polinizar mais de 70% das culturas de legumes, sementes, especiarias, entre outras.
Há mais de 100 colmeias robóticas já instaladas em Israel. A Beewise também importou uma dúzia de dispositivos para os Estados Unidos e planeja entrar no mercado europeu dentro dos próximos dois anos. Além da comercialização das Beehomes, a startup quer também produzir mel a partir do final deste mês.