Lembra do Xoom? O “iPad killer” da Motorola, primeiro tablet com um Android feito para tablets, o Honeycomb? Acredite ou não, sendo um flagship, ele continua sendo atualizado — e acabou de receber o Jelly Bean. Agora com um software bem mais maduro, será que o Xoom enfim ganhou um cérebro desenvolvido?
Quase. O Ars Technica deu uma olhada em um Xoom com Android 4.1 Jelly Bean e contou o que melhorou e o que ficou na mesma.
A parte boa: até onde se sabe nenhuma das novidades do JB ficou de fora da atualização. Google Now, melhorias e refinamentos na interface, nova área de notificações, widgets e ícones que se organizam automaticamente, está tudo lá. O visual mais simples, em contraste com aquele futurista-neon-embaixo-do-carro-eh-nóis-maluco do Honeycomb. Mesmo com um hardware defasado, o novo Android está completo.
O talvez melhor recurso do Jelly Bean, o Project Butter com melhorias de baixo do capô para tornar o sistema mais fluído, também marca presença, embora de forma limitada devido ao hardware… ahn… limitado do Xoom.
Relembrando, o tablet é movido a um Tegra 2 T20, da NVIDIA. Com a mesma resolução do Nexus 7 (1280×800), que por sua vez tem um Tegra 3 T30L, a diferença nos mega hertz fica evidente. O pessoal do Ars notou que alguns engasgos bobos, como ao trocar de homescreen, foram embora com o Jelly Bean, mas outros, como o descarte de notificações, permaneceram.
Na frieza dos números, o Xoom com Jelly Bean se apresentou mais ágil em alguns benchmarks, como o GL Benchmark (CPU) e o SunSpider (navegador). Não foram ganhos muito drásticos, mas uma prova de que a otimização de software tem efeito no desempenho. No caso do navegador, o resultado no SunSpider com o navegador padrão do Android bateu o do Nexus 7 com Chrome (!), mas é uma vantagem que, na prática, segundo o Ars, não se consolida: o navegador “renderiza” a página várias vezes durante a navegação e há engasgos visíveis e constantes.
Por fim, apesar de todos os avanços no sistema, o calcanhar de Aquiles do Android em tablets continua prejudicando muito o Xoom: a falta de apps adaptados. Esse problema é menos visível no Nexus 7 devido às suas 7″, mas no Xoom e em outros tablets maiores, se agrava drasticamente. Ou seja, o Xoom está mais esperto do que quando saiu, há pouco mais de um ano, mas ainda está restrito ao seu mundinho, sem apps para dar asas à imaginação do usuário. [Ars Technica]