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Com nanotecnologia, Nanomix torna embalagem de medicamento reciclável e mais barata

Apesar de ainda engatinharmos na manipulação da matéria em escala atômica e molecular, engana-se quem acredita que a nanotecnologia é exclusiva para áreas distantes do nosso dia a dia. Hoje, ela já está presente em secadores de cabelo, no para-choque do carro, no creme dental e na embalagem de remédios, por exemplo. Uma das iniciativas brasileiras […]

Apesar de ainda engatinharmos na manipulação da matéria em escala atômica e molecular, engana-se quem acredita que a nanotecnologia é exclusiva para áreas distantes do nosso dia a dia. Hoje, ela já está presente em secadores de cabelo, no para-choque do carro, no creme dental e na embalagem de remédios, por exemplo.

Uma das iniciativas brasileiras que vem se destacando no ramo é a Nanomix, a primeira empresa de nanotecnologia especializada em embalagens com barreira contra a umidade. “A nossa equipe é formada por profissionais com mais de 15 anos de experiência no desenvolvimento de embalagens. Hoje, trabalhamos com uma nanotecnologia proprietária e patenteada internacionalmente que confere ao PVC propriedades físico-química, como a barreira contra umidade”, explica Bruno Ghizoni, sócio-fundador da empresa.

A vantagem do PVC aditivado é, finalmente, dar às empresas a opção de deixarem de usar o PVDC, um polímero não reciclável. No Brasil, o consumo do produto chega a mais de um milhão de toneladas por ano, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis (ABIEF). “O PVDC é importado, tem um alto custo e não é reciclável. O nosso produto pode chegar a 50% do preço do PVDC, sendo totalmente reciclável e com insumos 100% nacionais e aprovados pelo FDA”, compara Ghizoni.

Atualmente, a Nanomix possui duas linhas de soluções: o Blíster Protec, que confere ao PVC a barreira contra umidade, e o Papel Blíster. O Papel Blíster é impermeabilizado com nanotecnologia que permite substituir o alumínio das embalagens de medicamentos. Assim como o Blíster Protect, ele é mais econômico e leve que o alumínio, além de também poder ser reciclado.

             Papel Blíster, um dos produtos da Nanomix

Segundo Bruno, a maior dificuldade da empresa foi entrar no mercado. “É difícil mostrar para o mundo que uma pequena empresa brasileira pode fazer algo que as grandes multinacionais estavam tentando há anos sem resultados”. Por isso, o networking e a chance de dar maior visibilidade à Nanomix fizeram com que o sócio-fundador inscrevesse a iniciativa no Braskem Labs Scale, o programa de aceleração de empresas da Braskem.

“O programa está sendo de extrema valia e já conseguimos ver melhorias, principalmente sobre o reconhecimento da Nanomix no mercado. Depois que fomos selecionados para o Braskem Labs Scale, grandes multinacionais começaram a entrar em nosso site e a solicitar mais informações sobre nós, algo que não acontecia antes”, comemora.

Saiba mais sobre a Nanomix e aproveite para conferir as outras empresas participantes da terceira edição do Braskem Labs Scale.

 

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