Falta pouco para o carro voador brasileiro EVE-100, da Eve Air Mobility, alçar voo. No momento, o veículo está em processo de regulamentação na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e já conta com quase três mil encomendas. A previsão é que o carro comece a operar em 2026.
Responsável por supervisionar as atividades da aviação civil no Brasil, a Anac abriu uma consulta setorial para apresentação de sugestões que podem integrar a certificação dos veículos elétricos decolagem e pouso vertical (da sigla em inglês eVTOL).
O EVE-100, fabricado pela startup Eve, deve funcionar como um táxi aéreo, com pagamento e reservas pelo celular. A empresa é subsidiária da Embraer e tem planos de fabricar o carro voador na cidade de Taubaté, no interior de São Paulo.
Segundo a Anac, a consulta ficará disponível até esta sexta-feira (15), no site oficial da agência. A ideia da pesquisa é ampliar a transparência e receber contribuições durante o processo de tomada de decisão.
No final, a agência irá selecionar as sugestões que mais se encaixam com a regulação e incorporá-las no processo de emissão das certificações de voo. Somente com essa licença os carros voadores podem começar a operar no Brasil.
Atualmente, cada unidade do EVE-100 custa US$ 3 milhões (cerca de R$ 15 milhões), de acordo com uma reportagem do UOL. O carro voador acumula 2.850 reservas e tem previsão de lançamento para 2026.
Carro voador brasileiro será usado como táxi aéreo
Segundo a Eve, o veículo visa tornar voos urbanos mais acessíveis à população, de forma parecida com corridas de aplicativo. A empresa ainda promete viagens com preços “democráticos”, já que o carro voador é totalmente elétrico.
Na prática, o custo de uma viagem por pessoa pode ser seis vezes menor do que fazer o mesmo percurso em um helicóptero.
Os veículos vão alçar voo a partir de “vertipontos” — pequenas plataformas parecidas com os helipontos tradicionais de onde decolam os helicópteros. No entanto, ainda não há espaços desse tipo em cidades brasileiras.
Outra curiosidade dos carros voadores é que proprietários não precisarão pagar Imposto pela Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Isso acontece porque o veículo não se enquadra nas regras dos modais convencionais que se deslocam por vias terrestres.