Pesquisadores do Centro Médico Cedars-Sinai, nos Estados Unidos, desenvolveram um algoritmo de Inteligência Artificial (IA) que prevê o risco do paciente ter ou não um infarto dentro de cinco anos. O estudo completo foi publicado no periódico científico The Lancet Digital Health.
A melhor forma de prever o risco de infarto é a partir da angiografia por tomografia computadorizada (ATC). Esse exame produz imagens tridimensionais das artérias, o que permite aos médicos analisar o acúmulo de placas de gordura, cálcio e outras substâncias que dificultam a passagem do sangue.
Mas a análise de especialistas nem sempre é rápida. A técnica de Inteligência Artificial desenvolvida pelos pesquisadores é capaz de fazer em seis segundos o que os profissionais levam até 30 minutos para concluir.
Os cientistas utilizaram exames de ATC de 921 pacientes para treinar o algoritmo. Depois, apresentaram imagens de centenas de pacientes para testar se a IA havia aprendido a lição.
De acordo com os pesquisadores, a Inteligência Artificial foi capaz de separar os pacientes em dois grupos: aqueles que tinham risco de ter um infarto em cinco anos e aqueles que não tinham.
Apesar de promissora, a tecnologia não deve chegar aos consultórios tão cedo. Em primeiro lugar, os exames de ATC não são baratos ou acessíveis e, sem eles, não é possível aplicar a IA. Além disso, são necessários estudos maiores com populações diversas para confirmar a eficácia do algoritmo.