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Como a primeira empresa a minerar asteroides pretende trazer trilhões de dólares à Terra

Um grupo de bilionários e ex-cientistas da NASA revelaram a primeira empresa de mineração de asteroides na história, e o Gizmodo US fez o liveblog completo. A Planetary Resources vai explorar asteroides com órbita próxima à Terra, para obter água e metais raros (como ouro e platina). E eles dizem que farão seu primeiro lançamento espacial […]

Um grupo de bilionários e ex-cientistas da NASA revelaram a primeira empresa de mineração de asteroides na história, e o Gizmodo US fez o liveblog completo. A Planetary Resources vai explorar asteroides com órbita próxima à Terra, para obter água e metais raros (como ouro e platina). E eles dizem que farão seu primeiro lançamento espacial em até 24 meses.

A empresa vai primeiro enviar objetos espaciais para prospecção de asteroides, e depois vai elaborar um plano para capturar seus recursos – seja em depósitos em órbita, seja trazendo-os à Terra.

O Arkyd 101 deve ser o primeiro equipamento da Planetary Resources a ser enviado o espaço. Ele opera em órbita baixa ao redor da Terra, e age como um telescópio espacial. A empresa também já desenvolveu outro telescópio, o Arkyd 102, ainda sem previsão de lançamento.

Depois dos telescópios, vem a série Arkyd 200 de equipamentos espaciais: eles terão propulsores e serão os primeiros a realmente fazer a prospecção dos asteroides – ou seja, identificar quais serão objeto de exploração. E a série Arkyd 300 parece a fronteira final: estas sondas espaciais vão chegar aos asteroides e finalmente realizar a mineração dos recursos.

Eric Anderson, cofundador da Planetary Resources, reconhece que a mineração dos primeiros asteroides deve acontecer “dentro de uma década”. Sim, vai demorar bastante, mas é um avanço incalculável.

Bem, na verdade dá pra calcular: a empresa diz que ganhará trilhões de dólares “nas próximas décadas, tanto da mineração de metais raros como da água como combustível no espaço”. E isso gastando “dezenas de milhões” de dólares, o que parece barato: a empresa diz que uma exploração dessas custaria, normalmente, “centenas de milhões” de verdinhas.

Eles pretendem explorar metais do grupo da platina, que custam caro por serem escassos na Terra – a platina custa US$53 por grama. O preço vai cair à medida que acaba a escassez, mas nem tanto: eles esperam maior demanda por estes metais, usados em produtos eletrônicos e motores.

Eles também querem minerar água, seja para fornecê-la na forma líquida em depósitos orbitais da NASA, seja para quebrá-la em hidrogênio e oxigênio e obter combustível.

A exploração deverá ser feita completamente por robôs: não teremos mineradores humanos batendo suas picaretas contra asteroides. Ou seja, provavelmente este não será um projeto concorrente ao SpaceX ou Blue Origin, que ganham dinheiro levando pessoas ao espaço.

O projeto é arriscado e deve trazer retorno só daqui a muitos anos. Por isso mesmo ele é ambicioso, e promete “trazer o Sistema Solar à nossa esfera econômica de influência”. Boa sorte, mineradores do espaço. [The Verge e Gizmodo US]

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