Como era a visão do Titanic de dentro do submarino da OceanGate

Imagens feitas em expedição de 2022 mostram como era ver os destroços do Titanic a bordo do submersível Titan; confira o vídeo
Como era a visão do Titanic de dentro do submarino da OceanGate
Imagem: OceanGate/Divulgação

Um vídeo filmado em 2022 dá uma amostra de como era a sensação de ver os destroços do Titanic de perto a bordo do submarino Titan, que desapareceu no último domingo (18)  e teve seus destroços encontrados nesta quinta-feira (22). Nas imagens, que estão disponíveis no YouTube, é possível ver boa parte do casco do transatlântico afundado e até algumas partes internas que ficaram expostas após ele se partir ao meio.

Após as notícias de seu desaparecimento, o Titan chamou atenção por conta do seu formato inusitado. Com o tamanho próximo ao de uma minivan, o submarino possui apenas uma janela na parte da frente, com 53 cm de diâmetro. Segundo a OceanGate, empresa responsável pela viagem, é o maior do tipo em submersíveis de águas profundas. Além disso, o Titan é equipado com câmeras de resolução 8K que transmitem as imagens do exterior aos passageiros, que podem acompanhar por um tablet.

No vídeo divulgado pela empresa antes do incidente, em fevereiro de 2023, é possível ver diversas partes do Titanic, mesmo após mais de cem anos de seu naufrágio. Dentre o que ainda é possível distinguir estão o leme do navio e o local do vigia que alertou sobre a presença do iceberg. Porém, boa parte da embarcação foi corroída por bactérias e tomado pela vida marinha local. Confira abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=UCwg2h7i4Ac

Como era o submarino que visitava o Titanic

Pesando 9 toneladas e construído em fibra de carbono e titânio, o Titan era o único capaz de levar até cinco tripulantes a uma profundidade de 4 mil metros, segundo a OceanGate. Ele foi construído com apoio de engenheiros da Nasa, da Boeing e da Universidade de Washington e iniciou suas primeiras expedições em 2018.

Diferentemente de um submarino normal, o Titan não é autônomo. A embarcação precisa ser transportada ao local de mergulho por um navio-mãe. Então, ele é levado ao mar em cima de uma plataforma, que desce por até nove metros abaixo do nível do mar. Dali, o submersível inicia sua navegação usando um controle de videogame. Posteriormente, para retornar ao navio-mãe, o Titan precisa voltar à plataforma, que depois é inflada com ar para subir até a superfície.

De acordo com o site da OceanGate, a expedição até os destroços do Titanic aconteciam todos os anos e duram oito dias — sendo cinco deles dedicados ao mergulho. Cada viagem até o fundo do mar leva duas horas para submergir e duas horas para retornar à superfície. A excursão tem um preço de US$ 250 mil (cerca de R$ 1,2 milhão) por pessoa.

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Igor Nishikiori

Igor Nishikiori

Formado em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero. Já passou pelas redações da Editora JBC, São Paulo Shimbun, Folha de S. Paulo e Portal R7. Prefere o lado alternativo das coisas, de música a futebol.

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