O Escritório de Marcas e Patentes dos EUA existe há 222 anos. Nesse intervalo de pouco mais de dois séculos, muita coisa foi inventada por lá e, claro, patenteada. Além do nível de sofisticação das invenções, outra coisa que mudou bastante nos pedidos de patentes foi a qualidade dos desenhos. Nesse ponto, a humanidade regrediu. Um monte.
Todo pedido de patente submetido ao USPTO (sigla em inglês) precisa estar acompanhada de desenhos que ilustrem a invenção que se pretende patentear. No início esses desenhos eram detalhados, feitos por profissionais, quase obras de arte. Hoje, são linhas mal traçadas que causam estranheza e, fora de contexto, chegam a ser hilárias.
A culpa por essa regressão na qualidade dos desenhos é, em parte, do próprio USPTO. O Escritório tem abrandado as regras para os desenhos ao longo do tempo para torná-los menos custosos e mais diretos. Mas as empresas e os inventores em geral também não se saem ilesos desse processo de piora continuada dos desenhos. Segundo Kevin Prince, autor do livro The Art of the Patent, por razões econômicas e práticas, hoje não se dá mais muita importância aos desenhos:
“Isso é provavelmente uma mudança cultural. Antigamente, ter uma patente era algo do tipo “Uau!” Você queria que ela o representasse e que o representasse muito bem. Você tinha que ser um artista no passado para fazer desenhos em patentes, sem dúvida.”
A galeria abaixo mostra como a qualidade dos desenhos decaiu desde o século XVIII. Hoje, vemos empresas multibilionárias, como a Apple, apresentar coisas bem bizarras como este desenho aqui. E sem constrangimento algum. [Wired]