A Coreia do Norte é conhecida por ser fechada e distante do resto do mundo, mas uma organização – chamada Lutadores por uma Coreia do Norte Livre – está trabalhando para romper os muros do regime pelo ar. Mas eles não estão usando meios convencionais nem tecnologia avançada; eles vão espalhar informações usando balões, segundo o The Atlantic.
De um local entre os rios Imjin e Han, não muito distante das fronteiras da Coreia do Norte, voluntários – muitos deles são desertores – juntam balões com suprimentos que voarão por cima da fronteira para serem levados aos cidadãos que são mantidos separados, sem internet, e sem nenhum outro tipo de acesso ao resto do mundo:
Os balões sobem e voam em direção à fronteira dividindo a Coreia do Sul democrática e o regime totalitário de Kim Jong Un no norte. Cada balão carrega um pacote com DVDs, USBs, rádios transistorizados e dezenas de milhares de panfletos impressos com informações sobre o mundo fora da Coreia do Norte. Assim que eles viajarem o suficiente para o norte, um pequeno timer vai quebrar os resistentes sacos plásticos e lançar o conteúdo dos pacotes pela zona rural do país. O texto impresso nos panfletos mudará de lançamento para lançamento; os de hoje contém charges sobre a execução do tio de Kim Jong Un, assim como literatura pró-democracia e direitos humanos.
O cara que comanda as charges de informações do grupo, Park Sang Hak, escapou da Coreia do Norte ao atravessar o rio a nado há 15 anos. Desde então, ele sofreu tentativas de assassinato, ameaças de morte, e viu pessoas tentarem frustrar seus esforços sempre que tentava algo. Mas ele persistiu em enviar mensagens de democracia para o país e seus cidadãos, usando táticas criativas:
Contrabando é a única forma de levar informação e tecnologia para o povo norte-coreano, e é punível com a morte. DVDs, USBs e até laptops estão entrando no país pela fronteira com a China e chegando às mãos dos norte-coreanos, ajudados por ONGs com base na Coreia do Sul. Alguns grupos se engajam diretamente em atividades de contrabando para oferecer informações e equipamentos, outros usam transmissões de ondas curtas e médias de rádio, e Park Sang Hak usa balões e outros métodos criativos para enviar ajuda pela fronteira.
Quem diria que um simples balão poderia ser útil para ajudar uma mudança em um país? Você pode ler mais sobre isso no The Atlantic (em inglês). [The Atlantic]