Como uma coelhinha da Playboy entrou para a história da tecnologia
A foto acima não foi tirada neste final de semana usando o filtro Valencia do Instagram. Ela é a Lenna e, como aponta o Motherboard, esta é uma das imagens mais usadas para se testar algoritmos de imagem.
O nome real dela é Lena Söderberg, que posou para a edição de novembro de 1972 da Playboy. Na revista, seu nome foi inglesado para Lenna.
A foto foi escolhida porque um professor assistente do SIPI (Instituto de Processamento de Sinal e Imagem), na University of Southern California, precisava de algo não muito chato para escanear. A imagem seria usada em um artigo a ser apresentado em conferência.
Todas as outras imagens eram velhas e monótonas, com mais de 10 anos de uso. Felizmente, alguém levou uma cópia da Playboy para o instituto. O IEEE reconta a história em uma newsletter de 2001:
Eles queriam algo colorido para garantir um bom intervalo dinâmico na impressão, e eles queriam um rosto humano. Então, alguém calhou de entrar com uma edição recente da Playboy. Os engenheiros rasgaram o primeiro terço da página para enrolar a folha ao redor do tambor do seu scanner Muirhead de telefoto, que eles equiparam com conversores analógico-digital (cada um deles para canais vermelho, verde e azul) e um minicomputador Hewlett-Packard 2100. O Muirhead tinha uma resolução fixa de 100 linhas por polegada, mas os engenheiros queriam uma imagem 512×512, então eles limitaram o escaneamento às primeiras 5,12 polegadas (13cm) da foto, efetivamente cortando-a nos ombros da modelo.
Então aí está. A foto não é memorável apenas por vir de uma mulher nua – a imagem completa está aqui (NSFW) – mas porque é uma parte importante da história digital. [IEEE via Vice]