Confira a situação de cada rede social dentro da Rússia
A agência Roskomnadzor, que regula as telecomunicações na Rússia, anunciou que, a partir desta segunda-feira (14), o Instagram será bloqueado no país. A medida afeta cerca de 80 milhões de usuários.
De acordo com o órgão regulador, o banimento é uma resposta à nova política do aplicativo que, agora, permite discurso de ódio contra soldados da Rússia e ao presidente Vladimir Putin. A informação é do site Engadget.
“No Instagram circulam mensagens encorajando e provocando atos violentos contra os russos, o que motivou a Procuradoria-Geral da Rússia exigir que Roskomnadzor restrinja o acesso a essa rede social”, disse o órgão regulador em sua conta do Telegram.
Porém, como quem lê o Gizmodo viu por aqui, o Instagram não é o único aplicativo a ser bloqueado no país. Veja a situação de cada rede social em solo russo.
Desde o dia 4 de março, a Roskomnadzor bloqueou o Facebook na Rússia. A ação foi uma resposta às restrições implementadas pela Meta que restringiam o acesso de mídias estatais russas à plataforma. Já o Facebook afirma que está trabalhando para manter “os serviços disponíveis o quanto for possível”.
Putin também estuda a possibilidade de bloquear o acesso ao WhatsApp no país. Porém, a agência de notícias russa RIA Novosti afirmou na última sexta (11) que o mensageiro não seria afetado, pois é um “serviço de comunicação, e não de divulgação pública de informações”.
Assim como o Facebook, o Twitter também foi bloqueado na Rússia no início de março. Porém, a rede social passou a contar com suporte ao navegador Tor, que proporciona navegação anônima para russos que usam a plataforma.
TikTok
O TikTok ainda permanece online na Rússia. Porém, a própria rede social decidiu bloquear o acesso dos russos aos conteúdos produzidos fora da Rússia. Além disso, os russos também estão proibidos de fazer transmissões ao vivo ou fazer upload de novos conteúdos.
YouTube
Seguindo o exemplo de outras redes sociais, o YouTube também está bloqueando o acesso em todo o mundo de conteúdos produzidos por canais ligados ao governo russo, incluindo subsidiárias. Já nos primeiros dias da invasão na Ucrânia, o YouTube já havia cortado a monetização desses canais. Entretanto, apesar desse banimento, a rede social permanece acessível aos russos.
Telegram
O Telegram permanece online na Rússia, servindo não apenas como um veículo de propaganda estatal do governo de Putin, mas também como fonte de notícias para os usuários russos sobre a invasão na Ucrânia. O aplicativo foi criado pelo russo Pavel Durov, mas, em 2013, ele foi forçado a deixar o país depois que se recusou a fornecer dados privados do app ao governo Putin. No começo deste mês, ele chegou a afirmar que está considerando bloquear o acesso ao Telegram não apenas na Rússia, mas também na Ucrânia.