Consciência Negra: 6 diretores negros que mudaram Hollywood

Ava DuVernay, Ryan Coogler, Spike Lee e Jordan Peele são alguns dos diretores negros que revolucionaram cinematográfica de Hollywood. Confira nossa lista
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Imagem: Reprodução

A representatividade negra nunca esteve tão presente na indústria cinematográfica como nos dias atuais. Apesar dessa evolução, algumas produções insistem em usar velhos clichês e estereótipos. Entretanto, a ascensão dos diretores e diretoras negros dentro do mercado, mostra sua importância e um novo olhar de como contar uma boa e aclamada história.

Neste domingo (20) se comemora o Dia da Consciência Negra. Pensando nesses profissionais, o Giz Brasil escolheu seis diretores e diretoras negros que mudaram a indústria cinematográfica em Hollywood. Veja:

Spike Lee

Imagem: Wikimedia Commons/Reprodução

Impossível falar de cineastas negros, sem citar ele. Spike Lee é o responsável por filmes como “Faça a Coisa Certa” (1989), “Malcolm X” (1992) e “Infiltrado na Klan” (2018), além de regularmente ter o racismo e as comunidades negras dos EUA como temas. Sua produtora, a 40 Acres and a Mule Filmworks, já produziu mais de 35 filmes desde 1983. A estreia como diretor foi em 1986 com “ Ela Quer Tudo”.

Em mais de 30 anos de carreira, Lee recebeu uma série de indicações ao Oscar por filmes como “Quatro Meninas” e “Faça a Coisa Certa”, além de ganhar um Oscar honorário por suas contribuições cinematográficas — antes de finalmente ser contemplado com a estatueta de melhor roteiro adaptado por “Infiltrado na Klan”. Atualmente, ele é professor da Universidade de Nova York, que o considera “um dos principais diretores afro-americanos que ajudaram a revolucionar o cinema negro moderno”.

Jordan Peele

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Imagem: Reprodução/Instagram

Peele se tornou o primeiro homem negro a ganhar um Oscar de melhor roteiro original — pelo filme “Corra!” de 2017 –, que inseriu a perspectiva do racismo dentro do universo de terror. Ele também fez “Nós” (2019), estrelado por Lupita Nyong’o, também um terror psicológico mas, diferentemente do primeiro filme hit, não aborda tão diretamente a questão do racismo.

Anteriormente, Jordan teve uma extensa carreira na TV e no cinema. Foi ator de séries de comédia como “Mad TV” (1995) e “Key & Peele” (2012), bem como na série “Fargo” (2014) da  FX. Também é creditado como produtor de “Infiltrado na Klan” (2018), de Spike Lee. Seu mais recente trabalho foi “Não! Não Olhe!”, com Keke Palmer e Daniel Kaluuya.

Ryan Coogler

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Imagem: Reprodução/Wikimedia Commons

Embora (ainda) não tenha um Oscar para chamar de seu, Ryan Coogler entrou para a história com “Pantera Negra” (2018). O longa, que apresenta o Rei T’challa (Chadwick Boseman), foi um sucesso de crítica e público, além de render à Marvel seus primeiros três Oscars: melhor design de produção, melhor figurino e melhor trilha sonora.

Seu primeiro longa foi “Fruitvale Station: A Última Parada” (2013). Depois assumiu projetos de sucesso como “Creed: Nascido para Lutar” (2015), “Pantera Negra” (2018) e “Creed II” (2018). Como produtor, participou também do premiado “Judas e o Messias Negro” (2021) e de “Space Jam: O Último Legado” (2021) e atualmente faz parte da roteirização e produção de “Creed III” (2023). Seu mais recente trabalho é “Pantera Negra: Wakanda Para Sempre (2022).

Ava DuVernay

Imagem: Wikimedia Commons/Reprodução

Ava DuVernay é uma roteirista e diretora norte-americana revolucionária! Seus destaques são o filme “Selma: Uma Luta pela Igualdade” (2014) e a série “Olhos Que Condenam” (2019). Ela vem quebrando recordes desde 2012, quando lançou “Middle of Nowhere”. A produção independente, seu segundo longa, ganhou como Melhor Direção no Festival de Sundance daquele ano, tornando-a a primeira mulher afro-americana a receber o prêmio.

Com o filme “Selma”, sobre a vida de Martin Luther King, novas barreiras foram vencidas: foi a primeira diretora negra indicada a um Globo de Ouro, e a primeira a ser incluída na shortlist de Melhor Filme do Oscar. Seu trabalho mais recente, “Olhos que Condenam”, recebeu 11 indicações ao Emmy de 2019. Também já foi indicada ao Oscar de Melhor Documentário por “A 13ª Emenda”, sobre o encarceramento em massa nos Estados Unidos.

Kasi Lemmons

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Imagem: Reprodução/Carolyn Cole / Los Angeles Times

Kasi Lemmons é cineasta, diretora e atriz. Trabalhou na direção de longas como “Eve’s Bayou” (1997), “Dr. Hugo” (1996), “Visões de um Crime” (2001), “Fale Comigo” (2007), e “Black Nativity” (2013). A diretora norte-americana pode ser entendida como uma grande aposta para os anos vindouros.

Já atuou em mais de dez séries e filmes, inclusive como atriz e roteirista, mas demonstra um grande potencial como diretora. A melhor amostra disso é em “Harriet”, seu filme de 2019 sobre a abolicionista Harriet Tubman. Esse longa foi reconhecido em diversas categorias no NAACP (Associação Nacional em Prol do Desenvolvimento de Pessoas de Cor, em tradução livre), mas foi indicado apenas na categoria de Melhor Atriz (com Cynthia Erivo) no Globo de Ouro e no Oscar de 2020.

Melina Matsoukas

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Imagem: Reprodução/IMDB

A talentosa Melina Matsoukas fez graduação na New York University e a pós-graduação no conservatório do American Film Institute (AFI). No AFI, sua tese de conclusão de curso foi sobre clipes musicais, e foi nessa área que ela ganhou notoriedade: é a diretora de clipes memoráveis como “In My Arms”, da Kylie Minogue, “Just Dance” da Lady Gaga, “Rude Boy” da Rihanna e “Formation”, da Beyoncé.

Também atuou como diretora de diversos episódios das séries “Master of None” (2015) e “Insecure” (2016), e fez sua estreia cinematográfica em 2019 com o longa “Queen & Slim”, pelo qual ganhou diversos prêmios de academias estaduais dos Estados Unidos. O próprio AFI entregou a ela a Frank J. Schaffner Alumni Medal, uma honraria dedicada a ex-alunos notáveis, após a estreia do filme.

Rayane Moura

Rayane Moura

Rayane Moura, 26 anos, jornalista que escreve sobre cultura e temas relacionados. Fã da Marvel, já passou pela KondZilla, além de ter textos publicados em vários veículos, como Folha de São Paulo, UOL, Revista AzMina, Ponte Jornalismo, entre outros. Gosta também de falar sobre questões sociais, e dar voz para aqueles que não tem

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