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O controle do Nintendo 64 quase teve uma telinha própria para ninguém bisbilhotar a tática do adversário

Poucos controles na história dos videogames foram tão chocantes para sua época quanto os N64. Ele não apenas apresentou o controle analógico para os fãs da Nintendo, como também tinha um slot para cartões de memória e o pesado Rumble Pak para vibrações. Mas sabe o que também quase rolou? Um acessório que era uma […]

Foto: Shane Battye/Twitter

Poucos controles na história dos videogames foram tão chocantes para sua época quanto os N64. Ele não apenas apresentou o controle analógico para os fãs da Nintendo, como também tinha um slot para cartões de memória e o pesado Rumble Pak para vibrações. Mas sabe o que também quase rolou? Um acessório que era uma tela secundária. Mas ele acabou aparecendo em outro clássico console.

Se você tem um mínimo interesse consoles clássicos, principalmente em peças, aparelhos e acessórios que nunca foram lançados, vale a pena seguir Shane Battye no Twitter. Ele compartilha histórias e fotos de sua impressionante coleção de consoles para desenvolvedores e aparelhos retrô.

Há alguns meses, ele compartilhou imagens de um raro protótipo de controle do Nintendo 64 com um design muito superior ao que a empresa acabou usando. Recentemente, Battye compartilhou uma descoberta ainda mais rara, que ter tornado o N64 o console preferido dos fãs de esportes.

Como conta uma edição antiga da revista Electronic Gaming Monthly, aparentemente um desenvolvedor chamado Dane Galden criou uma tela secundária para o N64, Ela era um pequeno display no controle, que poderia ser visto apenas por quem estava jogando. A ideia era semelhante à segunda tela do Nintendo DS — afastar alguns elementos do jogo da tela principal.

De acordo com Galden, ela foi inspirada nas tentativas de seu irmão de trapacear em games de futebol americano e espiar as jogadas que ele estava selecionando. Ao contrário da segunda tela do DS, no entanto, este acessório era completamente passivo: nada de touchscreen. Ele era, aliás, monocromático e com resolução bem limitada.

Apesar das limitações de hardware, havia certamente um potencial interessante para um acessório como esse. Com ele, seria possível esconder seleções ou opções. Em games de futebol americano, por exemplo, selecionar jogadas ou escalações pode ser crucial para a vitória. Jogos de estratégia também podem se beneficiar de uma segunda tela.

Antes da internet, caso você não tenha vivido essa época, jogar videogame com os amigos era assim, com todo mundo olhando na mesma tela. Não havia privacidade — você só podia torcer para que todo mundo fosse honesto e não olhasse no controle do adversário. É óbvio que isso não acontecia.

O protótipo de tela secundária de Galden nunca entrou em produção e, em 2018, foi vendido no eBay. Mas o item no site incluía alguns detalhes interessantes sobre seu desenvolvimento.

O artigo sobre o acessório apareceu na mesma página da EGM que uma matéria sobre o então futuro Dreamcast. Por isso, Galden acredita que sua criação inspirou os engenheiros da Sega a criar a Unidade de Memória Visual (VMU), que era um cartão de memória equipado com tela conectado ao controle do videogame. Ele tinha funções adicionais, incluindo minigames.

Ninguém nunca foi atrás dessa história para saber se ela é ou não verdadeira. A ordem dos fatos e o registro de patentes, porém, endossam a versão do engenheiro. Infelizmente, sua ideia nunca lhe rendeu nenhum centavo.

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