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O coração humano talvez não consiga aguentar uma viagem até Marte

Quem sonha em romper os grilhões e fugir da Terra para as planícies vermelhas de Marte precisa encarar (mais) uma má notícia. Além de uma série de outros problemas, o voo espacial de 18 meses até lá deixaria o coração do astronauta pouco saudável – e muito esférico. A nova descoberta vem de um estudo […]

Quem sonha em romper os grilhões e fugir da Terra para as planícies vermelhas de Marte precisa encarar (mais) uma má notícia. Além de uma série de outros problemas, o voo espacial de 18 meses até lá deixaria o coração do astronauta pouco saudável – e muito esférico.

A nova descoberta vem de um estudo recente da NASA, no qual doze astronautas a bordo da ISS passaram por ultrassom para obter imagens de seus corações – antes, durante e depois de sua estadia de seis meses no espaço.

As descobertas confirmaram uma previsão anterior de cientistas: em microgravidade, o coração humano se torna cerca de 10% mais esférico. De acordo com James Tomas, cientista-chefe de ultrassom na NASA:

O coração não trabalha tanto no espaço, o que pode causar uma perda de massa muscular. Isso pode ter consequências graves após o retorno à Terra, por isso estamos investigando se existem medidas que podem ser tomadas para evitar ou neutralizar essa perda.

Nos astronautas da Estação Espacial Internacional, a mudança no coração parece ser apenas temporária: ele retorna à sua forma típica pouco tempo depois de voltar à Terra. Os cientistas acreditam que um coração mais esférico provavelmente funciona de forma menos eficiente, mas não conhecem os efeitos cardiovasculares disso a longo prazo. Ainda assim, é provavelmente seguro assumir que um coração circular não significa algo bom.

Isso não impede nossa colonização de Marte, mas se queremos viver bem por lá – e chegar inteiros até o planeta vermelho – precisamos resolver estes inúmeros problemas que estamos descobrindo aos poucos. [Science Blog]

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