Crânios de 3 milhões de anos são de ancestral do menor pinguim do mundo

Os fósseis da Nova Zelândia são de uma das menores espécies de pinguim extintas já encontradas
ilustração de como seria o pinguim extinto recém-descoberto
Imagem: Simone Giovanardi/Reprodução

Pesquisadores da Universidade Massey e do Museu Te Papa, na Nova Zelândia, examinaram dois crânios de pinguim com 3 milhões de anos que integram a coleção do museu. Na análise, descobriram que as ossadas pertenciam a espécie Eudyptula wilsonae.

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Trata-se de uma das menores espécies de pinguins extintas já encontradas. Os crânios quase completos são de um pinguim adulto e um indivíduo jovem, achados anteriormente na Ilha Norte (ou Te Ika-a-Māui). As descobertas aparecem em um estudo científico publicado no Journal of Paleontology.

Os pesquisadores não têm certeza de qual era o tamanho exato do pinguim. Mas os fósseis são bastante semelhantes aos crânios do gênero Eudyptula, que contém as menores espécies de pinguins que habitam o planeta atualmente – com cerca de 30 cm de comprimento e 1 kg.

Há duas subespécies destes pequenos pinguins, que vivem na Nova Zelândia, na Austrália e na Tasmânia. Os cientistas não têm certeza de onde as aves mini se originaram, mas a equipe do novo estudo afirma que as descobertas sugerem que o gênero veio da Nova Zelândia.

“Esses fósseis recém-descobertos mostram que os kororā [palavra da língua Māori para ‘pinguim pequeno’] fazem parte dos ecossistemas costeiros da Nova Zelândia há pelo menos três milhões de anos”, disse Daniel Thomas, da Universidade Massey, em comunicado.

A linhagem dos pequenos pinguins teria permanecido quase inalterada desde então. “O clima mudou muito ao longo deste tempo, e esta linhagem tem resistido a essas mudanças”, disse Thomas.

O nome da nova espécie de pinguim é uma homenagem ao falecido ornitólogo neozelandês Kerry-Jayne Wilson, especialista em aves marinhas e defensor da conservação ambiental.

A mesma equipe de pesquisa também descobriu recentemente o maior pinguim que já andou no planeta. A espécie Kumimanu fordycei, que viveu há 59,5 milhões de anos, pesava 154 kg.

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