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Crianças alérgicas ​​são mais propensas a acessos de raiva, revela estudo

Segundo estudo, impulsividade, acessos de raiva, distúrbios do sono, déficit de atenção e concentração são mais frequentes nos alérgicos

Imagem: Freepik/Reprodução

As crianças que são diagnosticadas com doenças alérgicas ​​têm maior probabilidade de manifestar impulsividade ou acessos de raiva. Quem diz isso são cientistas da Universidade Internacional de La Rioja (UNIR) e do Hospital Clínico San Carlos, ambas na Espanha.

A psicóloga María Pilar Berzosa, professora da Licenciatura em Psicologia da UNIR que liderou pesquisa, detalha à Agência EFE as conclusões do estudo. Os pesquisadores desenvolveram um guia para identificar problemas psicológicos derivados da sensibilidade das crianças aos alergênicos em situações do dia-a-dia.

O estudo entrevistou cerca de 200 crianças do Hospital Clínico San Carlos, com idades compreendidas entre 6 e 11 anos, em 2021. Todas essas crianças apresentavam sintomas alérgicos, incluindo casos de asma e dermatite atópica.

Além disso, a investigação também levou em conta uma amostra de outros 200 alunos da mesma faixa etária de uma escola de Madrid. Nesse grupo, nenhuma criança era alérgica ou apresentava manifestações ou sintomas do tipo.

O estudo conclui que as crianças com sintomas alérgicos são mais propensas a manifestar impulsividade, acessos de raiva, distúrbios do sono, déficit de atenção e concentração.

Estes dados coincidem com os relatórios clínicos que Berzosa recolheu com afetações psicológicas a outros menores na sua atividade profissional, disse a especialista. Além disso, a decisão de escolher uma amostra de crianças com idades entre 6 e 11 anos já que essa faixa etária engloba uma fase crucial da infância.

Alergias afetam 40% da população mundial

A estimativa da Organização Mundial de Alergia (WAO) é que cerca de 2 bilhões de pessoas sofram de algum tipo de alergia. Ou seja, 30% da população mundial.

No Brasil, a legião de alérgicos é proporcionalmente maior, com o percentual ficando em 35%. A maioria sofre de asma, doença alérgica que mata cerca de duas mil pessoas por ano no país. Esta é uma das grandes causas de internação no Sistema Único de Saúde (SUS).

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