Na busca de uma cura para a paralisia, uma equipe de cientistas usou células-tronco e optogenética para contornar o sistema motor central de camundongos de laboratório cujos nervos haviam sido cortados. Isso permitiu que eles atingissem neurônios motores com um laser, provocando movimento nas pernas dos camundongos.
Ok, é um assunto um pouco complicado, se você não sabe muito bem como a optogenética funciona. Esta técnica de ponta permite a neurocientistas modificar neurônios específicos para que eles sejam sensíveis a luz. A luz atinge o neurônio e o ativa, avisando o cérebro que ele deve mover um músculo específico ou parar de sentir dor.
No caso dos camundongos paralisados, os pesquisadores modificaram as células-tronco dos animais para elas produzirem proteínas sensíveis a luz. As células-tronco foram programadas para se tornarem neurônios motores enxertados no nervo ciático dos pequenos ratos. Tudo o que os pesquisadores precisaram fazer foi jogar luz nos neurônios sensíveis e pronto – os ratos não estavam mais paralisados. Os neurônios foram ativados e fizeram os músculos até então paralisados nas patas se mexerem. “Ficamos surpresos em ver como isso funcionou”, explicou Linda Greensmith, da University College London, que liderou os estudos.
Ainda há muito trabalho a ser feito antes de começar a implantar células troncos e lasers nas pernas humanas, mas este é um bom começo. Ao menos ele deve ajudar pesquisadores a entender melhor condições neurológicas como epilepsia. [Science via Science News]
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