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Curiosity completa 11 anos e faz escalada inédita em montanha de Marte

Prestes a completar 11 anos em Marte, rover Curiosity completou a subida mais difícil da sua missão no planeta vermelho

Curiosity completa 11 anos e faz escalada inédita em montanha de Marte

Imagem: NASA/Divulgação

O rover Curiosity, equipamento da NASA projetado para explorar Marte, completa 11 anos no próximo sábado (5). E ele acaba de conseguir conseguir um feito inédito: o equipamento fez uma escalada nos 5,5 km do Monte Sharp, o pico central da cratera Gale.

De acordo com a própria NASA, os cientistas raramente conseguiam uma visão de perto de tantas crateras marcianas em um só lugar. Cada camada da montanha se formou em uma época climática diferente do passado de Marte — algo que ajuda a contar a história do planeta.

A Curiosity já enfrentou montanhas mais íngremes, mas nunca enfrentou o trio de desafios impostos pelo Monte Sharp: uma inclinação acentuada de 23 graus, areia escorregadia e pedras do tamanho de uma roda.

Esse trio deixou o rover lutando durante a subida, entre os meses de maio e junho, irritando os motoristas do Curiosity na Terra. “Se você já tentou subir uma duna de areia em uma praia – e isso é basicamente o que estávamos fazendo – você sabe que é difícil, mas havia pedregulhos lá também”, disse Amy Hale, da equipe que opera o rover.

Vista da íngreme subida do rover Curiosity, em Marte. Imagem: NASA/Divulgação

O robô da NASA precisou fazer um desvio de 150 metros para contornar uma área perigosa, detectada com base em observações do satélite.

Ao fim do percurso, o rover concluiu sua investigação do aglomerado de crateras Jau. Esses aglomerados são comuns em Marte e podem se formar quando um meteoro se quebra na atmosfera do planeta ou quando fragmentos são lançados por um grande e mais distante impacto de meteoritos.

O que o rover já revelou de Marte

Em 11 anos, o rover já ajudou a NASA a conhecer muito mais sobre o planeta vermelho. O Curiosity encontrou em Marte algumas moléculas necessárias para a manutenção de vida, como o carbono orgânico, o nitrogênio e o enxofre.

Para encontrar esses sinais, o robô retira uma amostra de rocha do ambiente. Posteriormente, realizou uma análise com auxílio de suas ferramentas de espectrometria SAM (Sample Analysis at Mars) e CheMin (Chemistry and Mineralogy).

O equipamento também fotografou nuvens cobrindo o planeta, coisa rara de aparecer em Marte.

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