A Danuri, primeira sonda lunar sul-coreana, capturou paisagens incríveis da Lua. Desde que entrou em órbita, em dezembro, o veículo tem recolhido importantes fotografias e outros dados a serem analisados por cientistas.
A espaçonave sobrevoa a cerca de 100 km da superfície lunar e capta imagens regularmente. A Danuri decolou dos Estados Unidos a bordo de um foguete da SpaceX, em agosto.
Também chamada de Korea Pathfinder Lunar Orbiter, a sonda fez da Coreia do Sul o oitavo país ou agência espacial a colocar uma espaçonave na órbita da Lua. Divulgadas no mês passado, as imagens em preto e branco mostram vários pontos da superfície lunar.
Uma das paisagens é no pico central da cratera Tsiolkovskiy, bacia com cerca de 185 km de largura, esculpida por um antigo impacto há mais de 3,5 mil milhões de anos. A montanha eleva-se a mais de 3,4 mil metros sobre o fundo da cratera.
“Formas detalhadas, como crateras na superfície e picos imponentes dentro das crateras, podem ser claramente identificadas”, afirma o Instituto de Investigação Aeroespacial da Coreia, em comunicado. “Estas imagens de alta resolução podem ser usadas como dados importantes para compreender os componentes da superfície lunar e o processo de formação de picos em crateras no futuro”, acrescenta.
Outras imagens da sonda coreana mostram as regiões de Vallis Schrödinger e da cratera Szilard, também localizadas no lado mais afastado da lua.
O nome Danuri é uma contração de “Dal”, que significa “Lua”, e “Nurida”, que se traduz como “desfrutar” ou “apreciar”.
A sonda lunar foi concebida para uma missão de um ano, que começou oficialmente em janeiro. Os resultados científicos completos do projeto serão divulgados a partir do início de 2024. Se o veículo tiver combustível suficiente, os responsáveis poderão considerar um prolongamento da missão a partir do próximo ano.
Entre os objetivos científicos da missão estão o mapeamento da superfície lunar para contribuir na definição de futuros locais de aterrissagem, a pesquisa de recursos como o gelo de água na Lua e a sondagem do ambiente de radiação próximo à órbita lunar.
A missão Danuri custou cerca de 180 milhões de dólares para ser desenvolvida, construída e lançada, segundo a KARI. Ela é precursora das ambições futuras da Coreia do Sul no que se refere à exploração espacial. Os próximos projetos incluem uma aterrissagem robótica na Lua, no início da década de 2030. A Coreia do Sul também está inscrita no programa Artemis, liderado pela NASA.