No primeiro segundo, o jogo passa na sua cara uma abertura frenética, violenta e tesuda que deixa qualquer um empolgado. Mostra um embate entre duas das facções presentes no jogo original, que ganhou uma pá de expansões ao longo dos anos, os Space Marines (mimimimi) e os Orks (WAAAGH!). As outras são os Chaos Space Marines (mimimi black metal) e os Elfos. Eldar, perdão. Mas dá no mesmo.
A campanha é focada nos Space Marines, servindo, obviamente, só para você aprender os comandos básicos do jogo e poder matar logo todo mundo com os Orks. Hey, não me olhe torto, todos nós sabemos que só há uma raça digna de respeito na versão original, “boss”.
Dizem que a mecânica se baseia no controle de pontos estratégicos no mapa, que são tomados quando um esquadrão – sim, pois o mais comum é que você comande pequenos grupos de soldados ao invés de apenas uma unidade – passa determinado tempo na região, gerando recursos para que você gaste em unidades, veículos e afins. Nada de perder tempo admirando seus mineradores de ouro trabalharem naquela caverninha, ouro é para os fracos. Mas essa visão do funcionamento do jogo é a de quem não compreende a profundidade desta obra prima. Segue um breve esquema para exemplificar como as coisas realmente funcionam:
Apesar da minha ligeira predileção pelos Orks, as facções são bem balanceadas. Os Space Marines são pau pra toda obra, saindo-se razoavelmente ok em qualquer situação. O mesmo vale para os emos… Chaos! Lapso de língua. Os Eldar têm um estilo de jogo mais cheio de nuances, com esquadrões que podem receber upgrades que os tornam mais especializados, e os Orks são máquinas de guerra que falam com sotaque cockney, sobressaindo-se com seus grandes números (zerg rush = WAAAAGH!) e provocando dores de cabeça no oponente na luta corpo a corpo com seus choppas.
Um exemplo de choppa, para os leigos. Moar choppy = moar WAAAGH!
Como você deveria saber (seu HEREGE), o Warhammer original era um jogo de tabuleiro, onde o modelimos e a pintura das miniaturas era muito importante. A Relic, desenvolvedora deste game (e que tem no currículo nada menos que HOMEWORLD *faz reverência*), para preservar o aspecto de personalização, adicionou um modo de edição dos skins dos exércitos. Você pode selecionar de cores de uma gama infinita de tons, podendo deixar seus Chaos Marines verde limão com detalhes rosa choque e insígnias amarelas para você nunca perdê-los no campo de batalha [SOU MÍOPE MESMO >8( ]. Um loosho.
Que meigow!
Outra coisa: se você, como eu, desde Starcraft – que tem muito de Warhammer 40000 em seu sangue – clica em cada unidade só para ouvir cada resposta disponível, vai se divertir um bocado em Dawn Of War. As vozes são bem legais, com exceção da distorção tosca na voz dos Chaos, que faz com que eles parecam o Darth Vader com tuberculose. O texto é bem coerente com cada unidade e, pra variar, os Orks se destacam. Alguém implorando por reforços e dizendo que vai morrer nunca foi tão divertido :D
HAHAHAHA, esses caras me MATAM…ops.
Sinceramente, você nem devia estar lendo isto aqui. Perda de tempo. Agora você deveria estar berrando “FOR THE EMPEROR!”, “BLOOD FOR THE BLOOD GOD!” ou similares, enquanto tenta atacar em três frontes e manter seus esquadrões de infantaria sempre com o máximo de unidades. Leitura não é choppy, nem dakka e lhe falta WAAAAAGH!
P.S.: alguém me ensina a desenhar mãos?