Pouco menos de um ano após a implosão do Titan, da OceanGate — que deixou cinco mortos, — um bilionário quer se aventurar pelos destroços do Titanic. O empresário imobiliário norte-americano Larry Connor disse ao The Wall Street Journal que pretende viajar com um novo submersível até os restos do famigerado navio.
Mas, para sua segurança, ele pretende ir em um submersível avançado para duas pessoas — supostamente mais seguro e confiável do que o construído pela OceanGate. Vale lembrar que o veículo da viagem anterior nunca teve certificação de segurança e usou materiais experimentais, como por exemplo fibra de carbono, em seu casco. Inclusive, ele era controlado por um controle de videogame que custa menos de R$ 300.
“Quero mostrar às pessoas em todo o mundo que, embora o oceano seja extremamente poderoso, ele pode ser maravilhoso e agradável e realmente mudar vidas se você fizer isso da maneira certa”, disse Connor ao WSJ .
Ainda de acordo com o jornal, dias após a implosão do Titan, o bilionário ligou para o CEO da Triton Submarines, Patrick Lahey. A empresa é uma das principais fabricantes de submersíveis pessoais.
“Ele me ligou e disse: ‘Sabe, o que precisamos fazer é construir um submarino que possa mergulhar [profundidades no nível do Titanic] repetidamente e com segurança”. “Demonstrar ao mundo que vocês podem fazer isso, e que Titan foi uma engenhoca”, contou Lahey ao jornal.
Novo submarino para o Titanic
Até o momento, não há previsão para a realização da viagem. Atualmente, a Triton Submarines está desenvolvendo um submersível ao custo de US$ 20 milhões. O Triton 4000/2 Abyssal Explorer é descrito no site da empresa como “capaz de realizar mergulhos repetidos de mais de 13.000 pés [quase 4 mil metros] de profundidade”.
Para se ter uma ideia, os destroços do Titanic estão a 12.500 pés abaixo da superfície da água. Nesta matéria do Giz Brasil, é possível ver uma animação que mostra o quão profundo estão os destroços.
De acordo com Connor, “Patrick vem pensando e projetando isso há mais de uma década”. “Mas não tínhamos os materiais e a tecnologia. Não poderíamos ter construído este submarino há cinco anos”, revelou o empresário.