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Os anéis de Saturno são bem diferentes do que se imaginava

Os anéis de Saturno sempre tiveram um ar de mistério. Pesquisadores estudaram esses anéis e descobriram algo surpreendente.

Os anéis de Saturno sempre tiveram um ar de mistério, mas os astrônomos estavam certos de uma coisa: as partes mais brilhantes eram mais “pesadas”, enquanto as mais escuras e transparentes eram mais esparsas. Parece intuitivo que um material opaco seja mais denso do que uma substância transparente – água lamacenta vs. água limpa, por exemplo.

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E então pesquisadores estudaram esses anéis e descobriram algo surpreendente: a densidade de todos eles é mais ou menos igual, apesar de alguns parecerem mais opacos do que outros.

Isso muda o que sabemos sobre Saturno. As estimativas da idade de seus anéis foram baseadas, em grande parte, na densidade deles. Agora elas precisarão ser revisadas, e provavelmente mudarão bastante. A NASA explica:

A pesquisa sobre a massa dos anéis de Saturno tem implicações importantes para a sua idade. Um anel menos massivo iria evoluir mais rápido do que se tivesse mais material, tornando-se obscurecido pela poeira de meteoritos e outras fontes cósmicas mais rapidamente. Assim, quanto menos massa o anel tiver, mais jovem ele será – talvez algumas centenas de milhões de anos, em vez de alguns bilhões.


Corte transversal dos anéis de Saturno. (NASA/JPL/Space Science Institute)

Os pesquisadores analisaram as ondas de densidade capturadas pela missão Cassini da NASA. Depois, eles compararam os diferentes tipos de anéis (mais opacos vs. mais translúcidos). E eles descobriram que a densidade dos anéis não varia muito.

O que está havendo aqui? “Poderia ser algo relacionado ao tamanho ou à densidade de partículas individuais, ou poderia ter algo a ver com a estrutura dos anéis”, disse Matthew Hedman, principal autor do estudo.

Phil Nicholson, coautor do estudo, lembra que aparências podem ser enganosas: “uma boa analogia é como a névoa é muito mais opaca do que uma piscina, embora a piscina seja mais densa e contenha muito mais água”. O estudo foi publicado na revista Icarus. [JPL/NASA]

Imagem por NASA/JPL-Caltech/Space Science Institute/G. Ugarkovic

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