Ciência

Descoberta planta marinha viva mais antiga do mundo com 1.400 anos

A descoberta foi possível graças um novo relógio molecular desenvolvido por cientistas de oito universidades ao redor do mundo; saiba mais
Imagem: Geoff Trodd/Unsplash/Reprodução

Na última segunda-feira (10), cientistas alemães revelaram em um estudo a descoberta da planta marinha ainda em vida mais antiga do mundo, que está na Terra há cerca de 1.400 anos.

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A descoberta foi possível graças um novo relógio molecular desenvolvido pelos pesquisadores com base na acumulação de variações somáticas genéticas fixas.

Conforme o estudo da Helmholtz Centre for Ocean Research Kiel publicado na revista Nature, o relógio opera comparando a uma planta e suas colônias clonais descendentes. Assim, o relógio determina a idade de cada planta com base nas diferenças genéticas que apresentam. Entre espécies de plantas, o indivíduo dessas colônias leva o nome de “ramet”.

Durante o crescimento do corpo principal de um organismo, pode haver mutações que se tornam fixas e se acumulam nos ramets descendentes.

Com o novo relógio molecular genético, os pesquisadores decidiram estudar uma espécie bem comum, a Zostera marina, encontrando alguns clones no Norte da Europa com mais de cem anos.

Os cientistas tiveram acesso a um clone de 17 anos da planta mais antiga do mundo, que fica em um laboratório e serve para calibrar o relógio molecular genético para o uso na amostra selvagem.

Com a comparação, uma enorme planta marinha que é a mais antiga do mundo, com 1402 anos. A planta habita uma região do Mar Báltico perto da Alemanha.

Relógio molecular pode solucionar dúvida antiga da genética

Essa longevidade em espécies clonadas podem responder uma dúvida importante no estudo de plantas, sobretudo de habitat marinho. É onde muitas especies conseguem se reproduzir de maneira vegetativa e seus clones são enormes.

A produção contínua de fragmentos geneticamente idênticos, mas fisicamente separados, impedem a associação a relação entre tamanho e idade nessas espécies. Portanto, o novo relógio molecular do estudo é uma ferramenta útil para determinar com precisão a idade desses clones. 

Segundo os cientistas, “esses dados, são um pré-requisito para descobrir o motivo pelo qual clones tão grandes conseguem sobreviver em ambientes tão diversos e dinâmicos”.

O novo relógio molecular poderá ser aplicado em muitas outras espécies de plantas, marinhas ou terrestres, de acordo com o estudo.

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Pablo Nogueira

Pablo Nogueira

Jornalista e mineiro. Já escreveu sobre tecnologia, games e ciência no site Hardware.com.br e outros sites especializados, mas gosta mesmo de falar sobre os Beatles.

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