Diretor de “Lilo & Stitch” se diz frustrado com elogios de “Frozen”

Ele acha que "Lilo & Stitch" foi pioneiro em mostrar uma relação não-romântica entre duas irmãs, mas os créditos foram para a animação de Elsa e Anna
Lilo & Stitch
Imagem: Reprodução/Divulgação Disney

“Frozen: Uma Aventura Congelante” (2013) foi elogiado pela crítica especializada e fez sucesso com o público na época do lançamento, por priorizar a irmandade. Por outro lado, tal elogio deixou o co-diretor de “Lilo & Stitch” (2002), Chris Sanders, um pouco irritado. O cineasta disse ao The New York Times que ficou “um pouco frustrado” com a recepção calorosa que a animação recebeu. 

Para o diretor, “Lilo & Stitch” foi pioneiro em mostrar uma relação não-romântica entre duas irmãs, mas os créditos acabaram indo para a animação de Elsa e Anna, lançada 11 anos depois.

“Para ser claro: eu acho que Frozen é ótimo. Mas foi um pouco frustrante para mim, porque as pessoas assistiram e disseram: ‘Ah, finalmente um filme da Disney que  foca em um relacionamento não-romântico entre duas mulheres’. E eu pensei: nós fizemos isso! Isso absolutamente já foi feito antes”, comentou.

“Quando ‘Lilo & Stitch’ saiu, em 2002, era sobre a relação delas que muitos críticos falavam. Os momentos entre Lilo e Nani eram baseados na realidade, de uma forma que o público pudesse se ver neles, ao invés de sentir que estava assistindo a mais um personagem de desenho”, defendeu o diretor. Para Sanders, o foco na irmandade antecede “Frozen” em mais de uma década. O co-diretor declara, por fim, que deseja que o filme seja reconhecido por centralizar um não-romance.

Para quem não se lembra, em “Lilo & Stitch”  a jovem Lilo, é criada pela irmã Nani após a morte dos pais. Quando a nave de um alienígena chamado Stitch cai perto da casa das duas, elas precisam resolver como lidar com esse incomum animal de estimação. 

O filme foca na amizade entre uma jovem havaiana e uma criatura azul extraterrestre parecida com um coala. Além disso, o longa aborda os desafios da irmã mais velha, Nani. Não há amor romântico em “Lilo & Stitch”, apenas o vínculo que se desenvolve entre dois novos amigos e o amor que existe entre irmãs.

Lançada em 2002, a animação “Lilo & Stitch”, que celebra 20 anos em 2022, teve uma recepção positiva da crítica, atingindo 86% de aprovação no Rotten Tomatoes. O longa foi um sucesso de bilheteria, arrecadando mais de US$ 273 milhões ao redor do mundo, e rendeu três continuações direto para vídeo, além de uma série de TV da Disney. Um remake em live-action também está sendo produzido e terá a direção de Jon M. Chu, do longa “Podres de Ricos”.

Já “Frozen: Uma Aventura Congelante”, lançado em 2013, tornou-se um grande fenômeno pop e recebeu elogios pela forma como rejeitou os padrões românticos das animações da Disney, colocando no centro da trama a relação entre as irmãs Anna e Elsa, e não a conexão delas com um homem.

O lançamento de Frozen foi amplamente celebrado por rejeitar os padrões românticos do conto de fadas animado da Disney. Não havia príncipe salvando o dia ou “primeiro beijo de amor verdadeiro” entre um homem e uma mulher, mas sim, o relacionamento entre as irmãs Anna e Elsa.

“Frozen: Uma Aventura Congelante”, assim como “Lilo & Stitch”, estão disponíveis no Disney+. 

Rayane Moura

Rayane Moura

Rayane Moura, 26 anos, jornalista que escreve sobre cultura e temas relacionados. Fã da Marvel, já passou pela KondZilla, além de ter textos publicados em vários veículos, como Folha de São Paulo, UOL, Revista AzMina, Ponte Jornalismo, entre outros. Gosta também de falar sobre questões sociais, e dar voz para aqueles que não tem

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