A Disney desenvolveu um método para alimentar uma sala inteira com energia sem fio
Energia elétrica sem fio é um grande sonho dos engenheiros desde os dias em que Nikola Tesla e Thomas Edison travavam uma batalha pela inovação, mas inúmeros empecilhos técnicos impediram que isso se tornasse realidade. O pessoal da Disney Research revelou que conseguiram desenvolver com sucesso um método que oferece cobertura completa em uma sala normal e alimenta todos os dispositivos.
• Como seria o mundo se nossos olhos enxergassem sinais wireless
• Cientistas criaram LEDs 60% mais brilhantes ao copiar sistema de vaga-lumes
Num documento publicado no periódico Plos One, os pesquisadores descrevem a metodologia para entregar cerca de 1900 watts de energia ao redor de uma sala com eficiência de 40% a 95%, dependendo da posição.
Descrever como isso funciona começa pela grande desvantagem do sistema. A sala precisa ser construída especialmente para oferecer a energia sem fio. Isso significa que as paredes são feitas de painéis de alumínio e há um grande e feio tubo de cobre bem no meio do cômodo, que vai do chão ao teto.
No meio do pólo, uma seção foi removida e 15 capacitores foram instalados. Isso define a frequência de ressonância e isola os campos elétricos que estão sendo alimentados na sala a partir de um gerador de sinal que emite um tom em 1,32 MHz.
Uma vez que o sistema é ativado, a sala fica coberta por um campo magnético e uma bobina de recepção que está sintonizada para ressoar com a mesma frequência de energia que os dispositivos na sala.
Os 1900 watts de energia que mencionamos está dentro das diretrizes federais dos Estados Unidos para a taxa específica de absorção (SAR, na sigla em inglês), que é a medida de energia que o corpo humano pode absorver antes que as coisas fiquem perigosas. O negócio é que, os dispositivos na sala precisam utilizar essa energia, ou ela se torna perigosa. Além disso, as pessoas devem ficar a 46 centímetros de distância do polo. Esses problemas poderiam ser resolvidos com um sistema mais reativo e um pouco de design de interiores.
O importante aqui é que estão trabalhando num sistema viável que um dia pode se tornar tão onipresente quando o Wi-Fi, uma vez que contornarmos esses problemas. Sem mais preocupações com fios bagunçando a sala e tristeza por celulares sem bateria.
[Plos One via Ars Technica UK]