Após o período de bloqueio em território brasileiro, o X/Twitter voltou a fazer sucesso nas plataformas móveis. Assim, registrou um aumento no número de downloads diários. De acordo com levantamento de Mobile Time e AppMagic, o microblog saltou da 861ª posição para a 21ª posição no ranking dos apps mais baixados.
A evolução dos downloads do X/Twitter
Antes do desbloqueio, a rede social chefiada por Elon Musk vinha registrando uma média diária de downloads abaixo de dez mil. Na segunda-feira, por exemplo, o número foi de 6 mil downloads, mas na terça aumentou para 21 mil, impulsionado pelas informações de que a liberação da plataforma estaria próxima.
O número seguiu melhorando nos dias seguintes. O app foi baixado 49 mil vezes na quarta, dia em que rede foi oficialmente desbloqueada no país, e 54 mil na quinta-feira. O aumento no interesse pela plataforma pode ter acalmado os investidores que pressionaram pelo cumprimento das ordens da justiça brasileira para o restabelecimento da plataforma na região.
Outras plataformas
O Bluesky, plataforma que registrou um crescimento no número de usuários durante a ausência do X no país, começou a observar uma diminuição nos e downloads diários. Segundo o levantamento, o número caiu pela metade após a liberação da plataforma concorrente.
O Threads, por sua vez, não sentiu tanto o impacto no número de downloads, uma vez que sua popularidade é muito impulsionada pelo Instagram, que também promove postagens virais da plataforma com bastante frequência.
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Anatel e STF contra-atacam e X/Twitter volta a ser bloqueado no Brasil
O X foi bloqueado no país no final de agosto após ignorar ordens da justiça brasileira. Embora no começo, o próprio Elon Musk tenha desafiado as ordens, consideradas autoritárias por ele. Só que após pressão interna, a empresa mudou radicalmente a postura. Passou a cumprir todas as decisões, bem como, pagar as multas impostas pelo STF.
A companhia vem enfrentando um cenário complicado em várias partes do mundo, com autoridades de vários países fechando o cerco contra suas práticas de moderação. Em alguns locais, a rede social vem sendo acusada de criar um ambiente propício para a proliferação de discurso de ódio, desinformação e conteúdo de abuso infantil, por exemplo.