Drone capta momento em que bebês pinguins se jogam de penhasco
Lembra do filme “Happy Feet”? Então, cientistas flagraram uma das cenas mais emblemáticas da animação na vida real. Imagens feitas com um drone capturaram o momento surpreendente em que centenas de filhotes de pinguins saltam de um penhasco de 15 metros de altura na Antártida .
O vídeo, divulgado na última semana pelo National Geographic, mostra imagens feitas pelo cineasta de vida selvagem Bertie Gregory. De acordo com Bertie, as imagens são “sem precedentes”.
Veja o vídeo dos filhotes de pinguim-imperador saltando da geleira:
“Este momento espetacular e de parar o coração já foi testemunhado por cientistas antes, mas esta é a primeira vez que o raro comportamento foi filmado para a televisão”, disse um comunicado da National Geographic.
O vídeo, feito na Baía de Atka, na plataforma de gelo Ekstrom, vai integrar um documentário que será lançado em abril de 2025. O vídeo impressiona pois mostra uma multidão de cerca de 700 pinguins esperando sua vez para saltar.
“Filmar os pinguins-imperadores apresentou um conjunto único de desafios, uma vez que a passagem só ocorre quando o gelo marinho atinge a época mais instável do ano”, afirmou a National Geographic, em comunicado .
Bertie utilizou um drone com uma câmera recém-lançada com uma teleobjetiva, que serve para registrar imagens de pessoas, animais ou objetos distantes. Isso permitiu capturar o comportamento animal do ar sem perturbar ou impactar os pinguins.
O pinguim-imperador é a maior ave da família Spheniscidae. Os adultos podem medir até 1,22 metros de altura e pesar até 37 kg. Os machos desta espécie são um dos poucos animais que passam o inverno na Antártida.
Espécie de pinguins ameaçada
Em 2022, o Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos Estados Unidos declarou oficialmente o pinguim-imperador como uma espécie ameaçada de extinção.
Existem hoje 61 colônias reprodutoras de pinguins imperadores vivendo ao longo da costa da Antártida. Dessa forma, cientistas estimam que 70% dessas colônias podem ser extintas até 2050 se o gelo marinho continuar declinando nas taxas atuais.
Assim, até 2100, 98% das colônias podem desaparecer, impossibilitando a recuperação da espécie.