Durante o desenvolvimento do controle DualShock 4, que acompanha o PS4, a Sony testou uma versão que incluía sensores de biofeedback: eles detectam o stress do jogador com base no suor da sua mão.
A ideia era saber quando um jogo não estimula você o bastante, e assim aumentar a intensidade (ou dificuldade) até você ficar animado.
Em uma entrevista ao Stuff, o arquiteto-chefe da Sony, Mark Cerny, explica:
Tivemos um longo projeto de pesquisa em que nós considerávamos praticamente qualquer ideia que podíamos imaginar. Seria útil medir a resposta galvânica da pele? Nós testamos um número tremendo de coisas – e então fomos às equipes de jogo para perguntar o que eles achavam que poderiam usar do controle.
A “resposta galvânica” mede a condutividade elétrica da sua pele: ela depende do suor nas suas mãos, que varia com seu nível de estresse. (É por isso que detectores de mentira usam resposta galvânica.)
Consoles que monitoram seu corpo não são exatamente uma novidade: em 1998, o Nintendo 64 ganhou um acessório opcional que acompanhava sua frequência cardíaca. A Nintendo também prometeu o Vitality Sensor, um acessório semelhante para Wii, mas ele nunca foi lançado – e nunca será.
A Sony também abandonou esses planos. A versão final do DualShock 4 preferiu apostar em um touchpad, barra de luz (para funcionar como o PlayStation Move), e melhores gatilhos e controles analógicos.
Ter um jogo que reage ao seu nível de stress é intrigante, mas enviar esses dados para os servidores inseguros da Sony tornaria isso um pouco assustador. Além disso, a função poderia deixar mais estranha a interação entre o usuário e o console.
E mesmo que os sensores de biofeedback não estejam no PS4, isso não significa que não ouviremos falar deles novamente. A Sony tem patentes para esse tipo de tecnologia, por isso não a esqueça por completo: vai que ela aparece na próxima geração de consoles. [Stuff via The Verge]