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E agora, Apple?

Hoje, vejam só, eu virei “fonte”. Vários outros jornalistas me ligaram para que eu falasse o que seria da Apple agora. Seja para jornal, rádio ou TV, havia uma sede, perguntas repetidas e feitas de outra forma, para que eu falasse que ela nunca mais seria a mesma sem Steve Jobs. Isso é óbvio, ok […]

Hoje, vejam só, eu virei “fonte”. Vários outros jornalistas me ligaram para que eu falasse o que seria da Apple agora. Seja para jornal, rádio ou TV, havia uma sede, perguntas repetidas e feitas de outra forma, para que eu falasse que ela nunca mais seria a mesma sem Steve Jobs. Isso é óbvio, ok – o cara era o visionário. Mas todos forçaram a barra um pouco demais hoje para vender a história que o declínio da Apple havia começado. Especialmente na bolsa. Mas quem está vendendo ações da Apple agora achando que elas irão cair está meio maluco.

Durante o dia todos os portais falaram da “queda” dos papeis da Apple após a morte de Steve Jobs. Eles caíram, recuperaram, caíram de novo e devem fechar o dia com perda de 0,23%, como você vê no gráfico. Nos últimos 3 meses, os papeis tiveram alguns picos acima da casa dos 400 dólares, mas a tendência ainda é de alta. Os investidores deveriam estar confiantes: o iPad 2 é líder absoluto, agora os iPhones competem em mais categorias de preço e os MacBooks crescem a um ritmo muito maior que os outros notebooks. E isso parece que não vai mudar pelo menos nos próximos 12 meses.

E a partir daí? A minha resposta foi a fácil “ninguém sabe”. Steve Jobs fará falta porque ele pensou produtos que ninguém queria, mas que ele confiava enormemente. E fez isso com um incrível senso de timing. Ele não apostava em uma tecnologia nem cedo nem tarde demais. Nesses anos todos ele se cercou de pessoas talentosíssimas, que podem dar continuidade e lançar produtos efetivamente diferentes. Mas arriscar, saber a hora, e convencer o mundo de que eles são objetos de desejo, isso vai ser difícil. Estou curioso para ver como Tim Cook se sai.

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