É assim que o seu cérebro limpa a sujeira que ele produz

O seu cérebro precisa de uma autolimpeza. Não porque ele está abarrotado de pensamentos insanos ou transbordando seu senso de humor discutível, mas porque, como todos os demais órgãos, ele gera resíduos. Cientistas descobriram como ele se mantém limpo. O resto do seu corpo tem uma coisa chamada sistema linfático: uma série de tubos e […]

O seu cérebro precisa de uma autolimpeza. Não porque ele está abarrotado de pensamentos insanos ou transbordando seu senso de humor discutível, mas porque, como todos os demais órgãos, ele gera resíduos. Cientistas descobriram como ele se mantém limpo.

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O resto do seu corpo tem uma coisa chamada sistema linfático: uma série de tubos e vasos que filtram a sujeira e a transporta para fora do corpo. Mas seu cérebro é uma unidade pequena e fechada quando o assunto é esse. “Se você olhar para um mapa de corpo inteiro do sistema linfático, verá que há um grande vazio no cérebro,” explica o neurocientista Jeffrey Iliff à Wired.

A pesquisa do Centro Médico da Universidade de Rochester, porém, demonstrou que (em ratos, pelo menos) o cérebro tem seu próprio mecanismo de limpeza, que lembra um pouco um banheiro. Ele quase que literalmente bombeia fluídos para fora através dos vasos sanguíneos para limpar a sujeira.

Para entender isso, a equipe de pesquisadores monitorou o fluxo de fluídos no cérebro usando espécies de rastreadores radioativos. Eles observaram que os cérebros dos ratos têm um espaço extracelular por onde os fluídos cefalorraquidianos passam para levar a sujeira embora. A equipe também demonstrou que nos cérebros de ratos sem esse espaço a limpeza dos resíduos (incluindo proteínas amilóide, que têm ligação com o Alzheimer) é 70% mais lenta do que em ratos normais. O resultado da pesquisa foi publicado na Science.

Embora a descoberta em si seja interessante, talvez o que mais empolga nela é o que o futuro reserva para esse tipo de pesquisa. Em tese, deve ser possível ampliar a quantidade de “descargas” que o cérebro faz — o que poderia, em retorno, ajudar os cientistas a eliminar o lixo que contribui para doenças como Parkinson e Alzheimer. [Science via Wired. Foto: Lasse Kristensen/Shutterstock]

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