Ciência

“Efeito sanfona” do Ozempic e Wegovy: cerca de 20% dos ex-usuários voltam a engordar

Ozempic e Wegovy são medicamentos que imitam o GLP-1, mas têm diferentes ingredientes ativos, doses e mecanismos de ação
Imagem: Novo Nordisk/Divulgação

Um novo estudo descobriu que 17,7% dos usuários de medicamentos como Ozempic e Wegovy – que viralizaram como emagrecedores – recuperaram todo o seu peso depois que pararam o tratamento.

whatsapp invite banner

A pesquisa foi publicada na revista científica Epic Research. O estudo contou analisou dados de mais de 20 mil pessoas que usaram os medicamentos.

No entanto, a boa notícia é que a maioria (56,2%) dos pacientes permaneceu com o mesmo peso que tinha quando interrompeu a medicação ou continuou a perder peso adicional.

Ozempic e Wegovy são medicamentos que imitam o GLP-1, mas têm diferentes ingredientes ativos, doses e mecanismos de ação. O GLP-1 tem função de atrasar o esvaziamento gástrico, deixando a comida muito mais tempo no estômago, o que reduz o apetite consideravelmente.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o Ozempic em 2018. Já o Wegovy recebeu a aprovação da agência brasileira em 2023 e ainda não está disponível para compra. Ele deve estar nas farmácias a partir de fevereiro de 2024.

Perigos de se usar Ozempic para emagrecer

Embora amplamente utilizado para auxiliar na perda de peso, o Ozempic é, na verdade, destinado ao tratamento de diabetes. Apesar de sua crescente popularidade para fins de emagrecimento, o fabricante é contra esse tipo de uso.

Os especialistas destacam que os principais riscos associados ao medicamento estão relacionados ao sistema gastrointestinal. Isso inclui sintomas como náuseas, vômitos, sensação de plenitude gástrica, constipação ou diarreia, além de dores de cabeça e sensação de fraqueza.

A bula do medicamento também alerta para a possibilidade de desenvolvimento de tumores na tireoide.

Com relação aos medicamentos Ozempic e Wegovy, a assessoria da Novo Nordisk reitera que “é fundamental ressaltar que a orientação de tratamento com medicamento deve ser sempre recomendada e monitorada por um médico. O medicamento é unicamente disponível sob prescrição médica, embora não haja exigência de retenção da receita”.

Gabriel Andrade

Gabriel Andrade

Jornalista que cobre ciência, economia e tudo mais. Já passou por veículos como Poder360, Carta Capital e Yahoo.

fique por dentro
das novidades giz Inscreva-se agora para receber em primeira mão todas as notícias sobre tecnologia, ciência e cultura, reviews e comparativos exclusivos de produtos, além de descontos imperdíveis em ofertas exclusivas