Você sabia que Albert Einstein queria fazer uma geladeira? É sério. O gênio da física moderna dedicou muito tempo tentando criar uma geladeira que consumisse pouca energia, tivesse baixo impacto no meio ambiente, e fosse duradoura – até cem anos!
Einstein se interessou em criá-la em 1926, à medida que refrigeradores sem motor – que usavam gelo para resfriar o que estava dentro – eram substituídos por geladeiras.
O problema era que as geladeiras da época podiam vazar gases tóxicos como clorometano, dióxido de enxofre e outros, matando pessoas. Ele queria evitar isso e criar uma geladeira mais segura.
O Mental Floss explica que as geladeiras tradicionais precisavam de uma vedação consistente para conter os gases tóxicos que a esfriavam por dentro. Mas essa vedação acabava se desgastando por causa de todas as partes móveis, o que poderia levar a uma situação perigosa.
Einstein e seu companheiro, o físico Léo Szilàrd, queriam se livrar dessas partes. Segundo o Mental Floss:
O projeto de Einstein e Szilàrd não exigiria partes móveis: em vez disso, ele usaria uma fonte de calor que pressurizaria naturalmente o gás contido dentro dos circuitos. Sem nenhuma fonte imediata de desgaste, a geladeira de Einstein-Szilàrd duraria o mesmo tempo que sua parte externa – até 100 anos, estimam especialistas…
Ao longo de sua parceria, os dois cientistas registraram 45 patentes para tecnologias de refrigeração em seis países, e acabaram vendendo todas para a AB Electro Lux.
A geladeira deles nunca chegou ao mercado: era menos eficiente em gelar que modelos com compressor; e encontrar recursos para aperfeiçoá-la ficou difícil durante a Grande Depressão. Mas pesquisadores da Universidade de Oxford se interessaram pela ideia de refrigeração de Einstein: sem fréon, sem gases de efeito estufa. Talvez, no futuro, vamos esfriar de tudo por causa do Einstein. [Mental Floss]