Ciência

El Niño de 2023 é um dos 5 mais fortes jamais registrados, alerta órgão internacional

Apesar do enfraquecimento do El Niño, temperaturas acima do normal são previstas em quase todo mundo entre março e maio
Imagem: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

A OMM (Organização Meteorológica Mundial) classificou o El Niño de 2023-2024 como um dos cinco eventos mais intensos já registrados desde o início dos registros modernos. O fenômeno climático ocorre devido ao aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico Equatorial.

De acordo com a organização, o atual El Niño — que começou a se formar em meados de 2023 — atingiu temperaturas superficiais do mar significativamente mais altas do que a média. Assim, levando a mudanças drásticas nos padrões climáticos em todo o mundo.

As consequências foram sentidas globalmente, com padrões de precipitação alterados, secas intensificadas e ondas de calor mais frequentes e severas.

Apesar de o fenômeno já estar enfraquecendo, a OMM alerta que os próximos meses continuarão sendo marcados por eventos climáticos extremos ao redor do mundo, incluindo secas no sul de Angola e no norte do Brasil.

Impacto do El Niño no Brasil

Em solo brasileiro, o fenômeno trouxe chuvas acima da média para a região Sul, enquanto o Norte e o Nordeste enfrentaram períodos de seca prolongada. Essas condições extremas tiveram impactos profundos na agricultura, nos recursos hídricos e na biodiversidade, desafiando a capacidade de adaptação das comunidades e dos ecossistemas.

Embora o El Niño esteja perdendo força, a OMM alerta que as temperaturas globais continuarão elevadas, mantendo o ano de 2024 no caminho para ser um dos mais quentes já registrados. Esse aquecimento contínuo pode levar a eventos climáticos extremos adicionais, mesmo após o enfraquecimento do El Niño.

A OMM e cientistas climáticos enfatizam a importância de monitorar e entender o fenômeno. Isso devido ao seu impacto significativo no clima global e nos padrões meteorológicos. Além disso, ressaltam a necessidade de políticas de mitigação e adaptação para lidar com os efeitos adversos desses fenômenos extremos.

Por isso, o El Niño de 2023 serve como um lembrete poderoso das complexas interações entre os oceanos e a atmosfera. Porém, com o avanço da ciência climática, espera-se que a humanidade esteja melhor equipada para prever e responder a esses desafios ambientais.

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Gabriel Andrade

Gabriel Andrade

Jornalista que cobre ciência, economia e tudo mais. Já passou por veículos como Poder360, Carta Capital e Yahoo.

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