Elon Musk assina carta aberta para frear crescimento da onda “ChatGPT”

Através do instituto sem fins lucrativos Future of Life, Elon Musk assinou a carta junto a outros executivos e especialistas em prol de barrar os avanços do ChatGPT, inteligências artificiais e outros chatbots
O executivo Elon Musk assinou a carta junto a outros pesquisadores
Imagem: Unsplash/Reprodução

O bilionário sul-africano Elon Musk se juntou a um grupo de executivos e pesquisadores de vários países para tentar um “estancamento digital”. Frear o crescimento do ChatGPT (da OpenAI) e outras inteligências artificiais. E por quê?

Alegando riscos profundos para a sociedade, essa equipe assinou uma carta aberta. Nela, um  pedido aos laboratórios de IA de todo o mundo que interrompam o desenvolvimento de sistemas de inteligências artificiais em grande escala.

Divulgada pelo instituto sem fins lucrativos Future of Life, a carta traz algumas observações. Entre elas, a de que os laboratórios estão presos em uma possível corrida de controle para desenvolver e implantar sistemas de aprendizado em máquinas que ninguém pode ter um controle confiável.

“Pedimos a todos os laboratórios de IA que parem imediatamente por pelo menos 6 meses o treinamento de sistemas de IA mais poderosos que o GPT-4. Portanto, pedimos a todos os laboratórios de IA que parem imediatamente por pelo menos 6 meses o treinamento de sistemas de IA mais poderosos que o GPT-4. Essa pausa deve ser pública e verificável e incluir todos os atores-chave. Se tal pausa não puder ser decretada rapidamente, os governos devem intervir e instituir uma moratória”, diz um trecho do texto.

Além de Elon Musk, diretor-executivo do Twitter, outros nomes de peso estão presentes na petição para segurar a “onda ChatGPT”. O intelectual israelense Yuval Noah; o norte-americano Steve Wozniak, cofundador da Apple; o estoniano Jaan Tallinn, cofundador do Skype; o empresário Andrew Yang, fundador da Venture for America entre outros. A lista completa dos participantes está neste link do Future Of Life.

Segundo os integrantes, os laboratórios e especialistas da área deveriam parar, se juntar, e implementar um conjunto de protocolos de segurança compartilhados para design e desenvolvimento avançado de IA.

Como destaca o site The Verge, dificilmente a carta terá efeito prático sobre as empresas de IA. Afinal, grandes empresas do mercado da tecnologia, como Google e Microsoft, também já estão investindo nesses produtos. E muitas vezes deixando de lado as preocupações anteriormente declaradas sobre ética e segurança.

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